As grandes empresas de private equity podem tentar adquirir o Yahoo isoladamente ou por meio de parceiros estratégicos (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2011 às 12h24.
Nova York - Os problemas envolvendo o Yahoo estão causando dores de cabeça a outra empresa de Internet que enfrenta sérios desafios para tentar reverter sua situação.
O interesse das empresas de investimento pela AOL disparou depois que as ações da empresa despencaram em cerca de 30 por cento, acompanhando os resultados negativos anunciados no mês passado. Allen & Co e Bank of America Securities estão assessorando a AOL quanto a alternativas estratégicas, entre as quais, uma possível venda, disseram fontes.
O problema, entretanto, é que os grupos de private equity passaram a voltar atenções ao Yahoo, que poderia estar considerando uma venda após demitir a presidente-executiva Carol Bartz em 6 de setembro.
A AOL se recusou a comentar o assunto.
Fontes afirmaram que as empresas antes interessadas na AOL agora miram o Yahoo, visto como mais valioso e detentor de ativos mais atraentes que a rival.
"O Yahoo saltou à frente", disse uma fonte do setor próxima ao assunto.
De fato, de acordo com esta e outra fonte setorial, diversos grupos de private equity procuraram pelo menos duas companhias de mídia para avaliar se estavam interessadas em fazer ofertas pela totalidade ou por parte do Yahoo. As duas fontes se recusaram a identificar os grupos de private equity e as companhias de mídia envolvidas.
AOL e Yahoo são bastante distintas em termos de valor de mercado --avaliadas em 1,9 bilhão e 16 bilhões de dólares, respectivamente--, o que significa que potenciais compradores para cada ativo variam.
As grandes empresas de private equity podem tentar adquirir o Yahoo isoladamente ou por meio de parceiros estratégicos. Os grupos de private equity menores podem estar mais preparados para digerir a AOL e, provavelmente, não poderiam apresentar oferta pelo Yahoo sem integrar um consórcio de compradores.
Em linhas gerais, os ativos da AOL considerados secundários passaram a atrair apenas compradores de segunda linha.