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Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 18h16.
São Paulo - O Banco Panamericano anunciou nesta terça-feira que o Grupo Sílvio Santos, seu controlador, vai aportar 2,5 bilhões de reais na instituição, numa operação destinada a restabelecer o equilíbrio patrimonial e a liquidez da instituição financeira.
"(Os recursos foram) obtidos mediante operação financeira contratada com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), integralmente garantida por bens do patrimônio empresarial do Grupo (Silvio Santos)", informou o Panamericano em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo o documento, a medida está em linha com um termo firmado com o Banco Central, para restabelecer o equilíbrio patrimonial e ampliar a liquidez operacional do banco, para preservar o nível de capitalização, após terem sido constatadas "inconsistências contábeis" que não permitem que o balanço reflita a real situação patrimonial do Panamericano.
O banco informou ainda que convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para indicação de nomes para formar um novo Conselho de Administração e já indicou uma nova diretoria-executiva.
Desde 13 de outubro, as ações preferenciais do Panamericano se desvalorizaram em quase 25 por cento, tendo recuado 6,75 por cento apenas nesta terça-feira. No mesmo intervalo, o principal índice da Bovespa acumula estabilidade.
Especializado nos segmentos de leasing e financiamento de automóveis, o Panamericano teve 49 por cento do capital votante vendido para o banco estatal Caixa Econômica Federal em dezembro de 2009, por 739,2 milhões de reais.
A aquisição, feita por meio da CaixaPar, braço de participações da Caixa, foi parte dos esforços do governo para ampliar a participação dos bancos públicos no crédito, em meio aos efeitos da crise de 2008 que fizeram as instituições financeiras privadas reduzirem a oferta de financiamentos.