Negócios

Grupo saudita investirá na indústria de frango francesa Doux

Iniciativa vem em um momento raro de boas notícias para o setor de proteína animal do país, afetado por uma série de fechamentos


	Fábrica da Doux: acordo, que está para ser assinado nos próximos dias, levaria a D&P, uma empresa familiar de investimentos chefiada por Didier Calmels, a obter 52,5% da Doux
 (Liane Neves/EXAME.com)

Fábrica da Doux: acordo, que está para ser assinado nos próximos dias, levaria a D&P, uma empresa familiar de investimentos chefiada por Didier Calmels, a obter 52,5% da Doux (Liane Neves/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 14h02.

Rennes - A endividada indústria francesa de carne de frango Doux está perto de concluir um acordo de resgate com seu principal cliente, a distribuidora de alimentos da Arábia Saudita Almunajem, que vai assumir fatia minoritária na companhia.

A iniciativa vem em um momento raro de boas notícias para o setor de proteína animal do país, afetado por uma série de fechamentos.

"As discussões estão em curso", disse um porta-voz da Doux nesta sexta-feira.

O acordo, que está para ser assinado nos próximos dias, levaria a D&P, uma empresa familiar de investimentos chefiada por Didier Calmels, a obter 52,5 por cento da Doux, e o restante ficaria para Almunajem e a família Doux.

A região noroeste de Bretanha, centro dos negócios de carne de frango e suínos da França, tem vivido uma série de fechamentos de plantas desde que a Doux foi à Justiça em 2012 em face dos débitos crescentes.

O grupo demitiu cerca de 1 mil trabalhadores no ano passado, mas ainda mantém 2.400 empregados.

O ministro da Agricultura, Stephane Le Foll, disse que o banco de investimento francês BPI poderá levantar até 10 milhões de euros (13 milhões de dólares) por ano para permitir investimentos e modernização da Doux.

Le Foll, que está na Bretanha nesta sexta-feira para detalhar o plano destinado à revigorar a indústria regional, confirmou que o acordo estava perto de ser concluído.

"Há um acordo de acionistas perto de ser concluído entre o comprador, a família Calmels, a proprietária histórica Doux e o saudita Almunajem, que é uma processadora mas também tem trabalhado com a Doux por 40 anos no Oriente Médio", disse.

O ministro também deve encontrar representantes da processadora francesa Tilly-Sabco, que interrompeu a produção na semana passada de sua principal planta de exportação, colocando em risco 1 mil empregos na região.

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