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Grupo petroleiro ENI assina acordo com rebeldes líbios

Empresa irá fornecer petróleo para o Conselho Nacional de Transição ajudar na reconstrução do país

Fumaça em oleoduto líbio: ENI planeja urilizar duto que faz a ligação com a Itália (Marco Longari/AFP)

Fumaça em oleoduto líbio: ENI planeja urilizar duto que faz a ligação com a Itália (Marco Longari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 15h31.

Milão - O grupo petroleiro italiano ENI assinou nesta segunda-feira um acordo com o Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político dos rebeldes líbios, com o objetivo de retomar suas atividades neste país e fornecer hidrocarbonetos à população líbia, anunciou a entidade.

A ENI adiou para esta segunda-feira a assinatura do acordo que previa fechar na quinta-feira passada em Milão (norte da Itália) com o número dois da rebelião líbia, Mahmud Jibril.

O acordo foi assinado em Benghazi e deverá reforçar "a cooperação na Líbia entre a ENI e o CNT", indica o comunicado divulgado pelo grupo petroleiro.

Segundo os termos do acordo, a ENI e o CNT se comprometem a criar as condições para uma retomada completa e rápida das atividades da ENI neste país e a fazer todo o possível para lançar o gasoduto de Greenstream, que une Líbia e Itália, disse a empresa.

A ENI ajudará o CNT a avaliar o estado das infraestruturas energéticas com o fim de definir as intervenções necessárias para empreender novamente a produção.

O grupo italiano se comprometeu a fornecer produtos petrolíferos refinados ao CNT de modo a contribuir com as necessidades urgentes da população líbia.

A empresa italiana está presente na Líbia há 60 anos e era até o início da revolta, em meados de fevereiro, o maior produtor estrangeiro de petróleo e gás na Líbia.

O grupo petroleiro italiano ENI espera retomar rapidamente suas atividades na Líbia, ainda que a grave situação deste país impeça a reativação da produção de petróleo nos próximos 6 a 18 meses, explicou na quinta-feira o diretor-executivo da empresa, Paolo Scaroni.

O líder da ENI indicou que as jazidas de Wafa, no sul do país, não deixaram de funcionar pelo conflito.

"Agora encontramos uma solução para fornecer gasolina e gás a Benghazi em troca de que no futuro nos paguem com petróleo", disse.

A ENI trabalha para colocar em funcionamento as jazidas de Cirenaica.

Com exceção das jazidas de gás que abastecem as centrais elétricas locais, a ENI suspendeu todas as suas atividades na Líbia e sua produção é de cerca 50 mil barris ao dia, contra 280 mil em tempos normais.

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