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Grupo Pão de Açúcar aprova venda de fatia na Via Varejo a R$ 4,75 por ação

Conselho de administração do grupo aprovou nesta quarta-feira a venda de todas as ações detidas pela companhia na Via Varejo em leilão na B3

GPA: grupo possui atualmente 36,27% do capital social da Via Varejo (Nacho Doce/Reuters)

GPA: grupo possui atualmente 36,27% do capital social da Via Varejo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2019 às 09h05.

Última atualização em 12 de junho de 2019 às 13h23.

São Paulo — O conselho de administração do GPA aprovou nesta quarta-feira a venda de todas as ações detidas pela companhia na Via Varejo em leilão na B3, pelo preço mínimo de 4,75 reais por ação, conforme fato relevante da empresa.

O GPA afirma no documento que recebeu na véspera carta de Michael Klein comunicando que, caso realize a venda de todas as ações que detém na Via Varejo em leilão na B3, o empresário apresentará, "individualmente (direta ou indiretamente) e em conjunto com outros investidores, uma ou mais ordens de compra para aquisição de todas as ações da Via Varejo detidas pela companhia pelo preço máximo de 4,75 reais por ação".

O empresário é o segundo maior acionista da varejista de móveis e eletrodomésticos. O GPA é o acionista controlador da Via Varejo, com 36,27% do capital social, e a família Klein, por sua vez, tem uma fatia de 25%.

A Via Varejo está à venda desde 2016. Enquanto a divisão alimentar do GPA vê os lucros crescerem, o resultado da Via Varejo desanima investidores. Apesar das ações para integrar suas operações físicas e online, as medidas foram insuficientes para evitar o prejuízo. No primeiro trimestre do ano, a Via Varejo apresentou prejuízo de 49 milhões de reais.

No mês passado, o empresário Michael Klein, acionista e membro da família que fundou as Casas Bahia, começou a avaliar a aquisição das ações da varejista na bolsa e contratou os serviços da XP para a operação. O empresário quer tirar o controle das mãos do Grupo Pão de Açúcar.

O negócio ficou mais fácil para Klein depois da retirada da cláusula da "pílula de veneno" do estatuto social da Via Varejo. A cláusula obrigaria que qualquer compra de 20% ou mais das ações deveria ser estendida aos demais acionistas, via oferta pública de ações (OPA).

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