Negócios

Grupo JBS compra Matone para oferecer crédito pessoal

Banco gaúcho é especializado no crédito consignado; JBS promete fazer novas aquisições no setor

Rebanho do JBS: foco também no setor financeiro (John Blake/EXAME.com)

Rebanho do JBS: foco também no setor financeiro (John Blake/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 13h08.

São Paulo - A J&F Participações SA, que controla a JBS SA, maior processadora de carnes do mundo, acertou a compra do Banco Matone SA para expandir os negócios financeiros do grupo.

A J&F e a Matone Holding vão unir as operações do Banco JBS SA e do Banco Matone, segundo um comunicado distribuído hoje em São Paulo. A J&F terá 60 por cento da holding que controlará o banco, enquanto o grupo Matone terá 40 por cento, disse Joesley Batista, presidente da J&F, a repórteres hoje em São Paulo. O Banco JBS terá um aporte de R$ 200 milhões da J&F e o Banco Matone um aporte de até R$ 100 milhões, de acordo com o comunicado.

“O crédito às pessoas é a melhor maneira de capturar esse excelente momento da economia brasileira,” disse Batista. “Temos esse ímpeto para crescer. Esse negócio com o Banco Matone é um dos primeiros passos para que a gente expanda a área financeira do grupo.”

A economia brasileira, a maior da América Latina, cresceu 7,5 por cento no ano passado, o maior nível em mais de duas décadas. Economistas que acompanham o País, projetam que o ritmo de expansão irá se desacelerar para 4,1 por cento este ano, segundo a pesquisa semanal Focus divulgada hoje pelo Banco Central.

O Banco Matone, com sede no Rio Grande do Sul, é focado em crédito consignado, enquanto o Banco JBS é especializado em empréstimo agropecuário.

A J&F buscará outras aquisições ou fusões no setor bancário, disse Batista.

Emerson Loureiro, presidente do Banco JBS, ficará no comando do banco após a fusão. Ele disse que espera que o BC aprove o negócio dentro de 90 dias. Juntos, os dois bancos têm R$ 2,5 bilhões em carteira de crédito, volume que deve crescer para R$ 6 bilhões em um ano e meio, disse Batista.

Acompanhe tudo sobre:BancosCarnes e derivadosEmpresas abertasEmpresas brasileirasFinançasFusões e AquisiçõesJBS

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades