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Grupo japonês liderado pela Mitsubishi vende fatia na Ecovix

O consórcio japonês JB Minovix comprou 30% da Ecovix por 305 milhões de dólares, em outubro de 2013


	Estaleiro Rio Grande: o consórcio japonês JB Minovix havia comprado 30% da Ecovix por US$ 305 milhões em 2013
 (WTorre/Divulgação)

Estaleiro Rio Grande: o consórcio japonês JB Minovix havia comprado 30% da Ecovix por US$ 305 milhões em 2013 (WTorre/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 10h08.

São Paulo - Menos de três anos depois de adquirir uma participação na Ecovix, um consórcio liderado pela Mitsubishi Heavy Industries vendeu sua fatia.

O consórcio japonês JB Minovix Investimentos e Participações comprou 30% da Ecovix por 30 bilhões de ienes, cerca de 305 milhões de dólares, em outubro de 2013.

A Ecovix é dona do Estaleiro Rio Grande e foi criada em 2010 para fornecimento de cascos de perfuração e sondas para empresas como Petrobras e Sete Brasil, mas hoje enfrenta dificuldades financeiras

Por isso, pouco tempo depois de seu investimento, o grupo japonês irá vender sua participação para a Jackson Empreendimentos, que é controlador dos ativos da Engevix e já possuía 70% da Ecovix.

O Cade aprovou a operação em dezembro de 2015. 

A JB Minovix Investimentos e Participações S.A. é controlada pela Mitsubishi Heavy Industries, com 47,06% do capital, e também tem participações as companhias japonesas MC Corporation, Imabari Shipbuilding Co., Ltda., Namura Shipbuilding Co., Ltd. e Oshima Shipbuilding Co., Ltd.

Construção naval em crise

A Ecovix, dona dos três Estaleiros Rio Grande, é subsidiária do grupo de engenharia Engevix. Ela nasceu em 2010 para construção naval e marítima.

O estaleiro Rio Grande tinha contratos com a Petrobras, para a construção de plataformas para exploração no pré-sal, e com a Sete Brasil, para a construção de três sondas de perfuração.

No entanto, tanto a Petrobras quanto a Sete Brasil estão passando por grandes dificuldades e devem cancelar os contratos.

Além disso, a Engevix é investigada na Operação Lava Jato e já teve dois sócios presos. Para tentar se reerguer, ela está tentando vender a hidrelétrica de São Roque, que está sendo construída em Santa Catarina, um projeto orçado em 700 milhões de reais.

A Ecovix também está em meio a um processo de reestruturação, com refinanciamento de dívidas com bancos e dezenas de fornecedores.

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