Negócios

Grupo DVT transforma cultura sertaneja em palco para grandes negócios

Empresa por trás de Barretos e Jaguariúna conecta milhões de fãs, grandes marcas e experiências que movimentam a economia do entretenimento

Rodeio de Jaguariúna: noite com Jorge & Mateus, Luan Santana e Wesley Safadão reuniu público recorde

Rodeio de Jaguariúna: noite com Jorge & Mateus, Luan Santana e Wesley Safadão reuniu público recorde

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 08h10.

Última atualização em 25 de setembro de 2025 às 14h41.

No último sábado, Jaguariúna viveu uma noite histórica. Mais de 40 mil pessoas lotaram o Red Park para cantar em coro com Jorge & Mateus, Luan Santana e Wesley Safadão. O público recorde marcou o início da edição 2025 do Jaguariúna Rodeo Festival, que se consolidou como um dos maiores eventos do país — e que vai muito além da música.

Por trás do espetáculo, está o Grupo DVT, responsável por transformar a cultura sertaneja em uma plataforma nacional de entretenimento e negócios milionários.

“Os rodeios e festivais sertanejos são a maior plataforma de entretenimento do país, com mais gente presente nas arenas do que em estádios de futebol”, afirma Gui Marconi, sócio-diretor do grupo. “O que fazemos é reunir as principais etapas do Circuito num projeto de alto nível e projeção que representa a força cultural do segmento e o tamanho desse negócio.”

Fundado nos anos 1990, quando começou vendendo cerveja em Barretos, o DVT se tornou um dos mais completos grupos de entretenimento do Brasil. Hoje, reúne seis empresas que atuam de forma complementar — da concepção e produção de eventos até marketing de influência, venda de tickets, gestão de dados e tecnologia.

“Nosso diferencial é entender a cadeia do entretenimento de ponta a ponta. Garantimos a entrega e a conexão genuína com o público, desde a campanha até a experiência completa no evento”, resume Marconi.

Circuito sertanejo

O grupo é responsável pela engrenagem de mais de 40 eventos pelo Brasil, com destaque para os seis que compõem o Circuito Sertanejo: Barretos, Jaguariúna, Caldas, Ribeirão Preto, Londrina e Pedro Leopoldo.

Só em Barretos, na celebração de 70 anos da festa em agosto, mais de um milhão de visitantes circularam pelo Parque do Peão. A edição também entrou para a história ao esgotar, em menos de 24 horas, 200 unidades numeradas da Amarok edição especial, criada para a data. “Um case como esse só acontece quando contamos, com criatividade e experiências disruptivas, uma história verdadeira, para que o público se sinta parte ao comprar uma caminhonete”, explica o executivo.

Gui Marconi, sócio diretor do Grupo DVT: orgulhoso em participar da história dos principais eventos do Brasil

Lives na pandemia

Durante a pandemia, a empresa redesenhou toda a sua operação para realizar mais de 300 lives musicais, que somaram 1 bilhão de visualizações e lançaram a Brahma Duplo Malte, hoje uma das cervejas mais vendidas do país. “Esse período nos mostrou que o sertanejo também é uma potência publicitária, com capacidade de gerar resultados imediatos para grandes marcas”, lembra Marconi.

O know-how do DVT não se limita ao sertanejo. Seja no rodeio, no carnaval, no rap ou no pagode, a missão do grupo, diz o executivo, é conectar marcas ao público de forma autêntica. Foi assim com a Ballantine’s, que levou para o circuito a campanha global Stay True. “Primeiro mergulhamos no posicionamento e nos objetivos da marca, para entender aonde se quer chegar. A partir daí, pensamos em como conectá-la de forma autêntica à jornada do consumidor”, diz.

A força desse modelo de negócios se traduz em números. Em Barretos, dez grandes marcas, como Brahma, Pepsi, Tim, Ipiranga e Sicoob, tiveram suas estratégias desenhadas pelo grupo. O banco, por exemplo, foi responsável pela pré-venda exclusiva dos ingressos, alcançando 8,3 milhões de pessoas nas redes sociais e garantindo milhões de reais em bilheteria antecipada.

Agora, com os olhos voltados para Jaguariúna, o DVT reforça sua aposta em “poucos e bons projetos”, capazes de unir cultura, experiência e alto nível de entrega. “Temos muito orgulho em construir e participar da história dos principais eventos do Brasil. O futuro do entretenimento passa por quem sabe contar histórias que emocionam o público e, ao mesmo tempo, geram negócios relevantes para as marcas”, conclui Marconi.

Acompanhe tudo sobre:Música

Mais de Negócios

Como é feita a cerveja sem álcool? Visitamos a fábrica de onde saem Brahma, Budweiser e Corona zero

Google comemora 27 anos: conheça os marcos da gigante de tecnologia

Justiça aceita pedido de recuperação judicial do Jockey Club de SP com dívidas de R$ 19 milhões

Academia mais cara do Brasil cobra até R$ 3.700 e deve faturar R$ 60 milhões em 2026