Estátua de menina em Wall Street: empresa que a instalou é acusada de pagar mulheres menos que homens (Brendan McDermid/Reuters)
Gabriela Ruic
Publicado em 7 de outubro de 2017 às 15h48.
Última atualização em 7 de outubro de 2017 às 15h50.
São Paulo – Na véspera do Dia Internacional da Mulher, em março de 2017, o mundo acordou com uma estátua de uma menina em frente ao famoso touro de Wall Street. Em pose desafiadora, a menina se tornou um símbolo da luta pela igualdade salarial entre homens e mulheres no mundo corporativo, especialmente o setor financeiro.
Nesta semana, no entanto, uma notícia chocante veio à tona: a State Street Global Advisors, gestora que administra ativos avaliados em mais de 2 trilhões de dólares, é acusada de discriminar suas funcionárias. As constatações são fruto de uma investigação conduzida pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos e que se baseou em uma auditoria realizada em 2012.
De acordo com o site da revista Bloomberg, a empresa fechou um acordo de 5 milhões de dólares e esse valor será dado a um grupo de mais de 300 mulheres que trabalharam na empresa. Segundo a investigação, desde 2010, elas recebiam salários e bônus menores que seus pares homens.
A empresa, por sua vez, negou todas as alegações e disse estar comprometida em reduzir a desigualdade salarial entre os gêneros e que atua para que outras empresas façam o mesmo.
Ainda assim, lembrou a Bloomberg, a State Street Global Advisors só votou a favor de propostas de acionistas que visam a igualdade salarial em duas ocasiões neste ano. Em resposta, um porta-voz disse disse que tais medidas nem sempre refletem os progressos em igualdade de gênero feitos nas empresas que administra.