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Grupo Colombo reestrutura dívida de R$ 1,3 bilhão

Empresa busca acordos extrajudiciais para negociar dívida de 800 milhões de reais com bancos

Camisaria Colombo: Os principais credores, responsáveis por 800 milhões de reais do total, são bancos  (Divulgação/Facebook oficial)

Camisaria Colombo: Os principais credores, responsáveis por 800 milhões de reais do total, são bancos (Divulgação/Facebook oficial)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 22 de março de 2016 às 10h48.

São Paulo - O Grupo Colombo, dono da camisaria de mesmo nome, está reestruturando uma dívida de 1,3 bilhão de reais.

Os principais credores, responsáveis por 800 milhões de reais do total, são bancos como HSBC, Credit Suisse, Santander, Itaú e Banco do Brasil. O restante da dívida é com fornecedores e, portanto, pode mudar de mês a mês conforme os pagamentos forem feitos.

Ainda não há um modelo fechado para a negociação, diz Pedro Bianchi, sócio da Felsberg Advogados, escritório que está intermediando os acordos com bancos.

No entanto, a “recuperação judicial nem está na mesa agora”, diz ele. Segundo o advogado, a empresa não tem dívidas trabalhistas nem tributárias relevantes e não sofre de penhoras que comprometam a sua atividade.

Por isso, “os bancos entendem que, nesse momento, a recuperação extrajudicial é a mais atrativa e gera menos impacto”.

Além do escritório, o Banco Plural assessora a reestruturação organizacional da empresa, pensando em cortes de equipe, mudança no organograma, novos layouts de lojas e adequação de estoques.

Queda brusca

A crise que abalou todo o varejo também derrubou as vendas da empresa. De 2014 para 2015, as receitas do grupo Colombo caíram 40%. “Ninguém esperava essa queda tão abrupta”, diz Bianchi.

Nos últimos meses, as varejistas Barred’s, de moda, Grupo Bmart de lojas de brinquedos e o grupo GEP, dono da Luigi Bertolli, pediram recuperação judicial. A justiça também decretou a falência da fabricante de eletrodomésticos Mabe.

“Os empresários do setor apostavam muito na continuidade do crescimento do Brasil, fizeram investimentos grandes, expandiram as lojas. Mas o cenário mudou muito rápido, em um ritmo que os varejistas não conseguem acompanhar”, analisa o advogado.

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