EcoRodovias: O volume de tráfego de veículos equivalentes pagantes nas rodovias da EcoRodovias recuou 5,1% entre abril e junho. (Divulgação/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de julho de 2018 às 22h24.
São Paulo - A queda do tráfego nas rodovias registrada pela EcoRodovias em decorrência da greve dos caminhoneiros pesou no desempenho da companhia no segundo trimestre deste ano. Segundo a empresa, o impacto estimado nas receitas de pedágio em função da greve foi de R$ 47,2 milhões no trimestre, pesando no resultado do segmento de concessões rodoviárias, que anotou Ebitda de R$ 400 milhões, queda de R$ 15,1 milhões (-3,6%) ante o segundo trimestre do ano passado. O lucro líquido da companhia no período só não recuou por influência do registros de menor valores nas linhas de Imposto de Renda e Contribuição Social, provisão para manutenção e resultado financeiro.
Tendo em vista o forte peso das concessões rodoviárias no resultado da companhia, o Ebitda pró-forma (sem Receita e Custo de Construção e Provisão para Manutenção) consolidado da EcoRodovias, teve redução de 2,6%, para R$ 401,3 milhões entre abril e junho. Mas o lucro líquido comparável do grupo teve leve expansão de 1,9%, para R$ 81,6 milhões no período, refletindo a redução de 47,2% na provisão para manutenção, de 11,8% no IR/CCSL e de 0,6% no resultado financeiro.
O volume de tráfego de veículos equivalentes pagantes nas rodovias da EcoRodovias recuou 5,1% entre abril e junho. Se em abril o movimento foi de crescimento de 5%, em maio, mês em que foi deflagrada a greve de caminhoneiro, houve queda de 17,4% no movimento, enquanto em junho a redução de 2,6%. A EcoRodovias cita que e o início da isenção de cobrança de pedágio para os eixos suspensos na Ecovia Caminho do Mar e Ecocataratas a partir de 29 de maio de 2018 e na Ecovias dos Imigrantes e Ecopistas a partir de 31 de maio de 2018 também influenciou o resultado, mas lembra que tal isenção será objeto de reequilíbrio contratual.
Desconsiderando a cobrança de pedágio para eixos suspensos e os períodos de 21 de maio a 03 de junho cujo tráfego foi impactado pela greve dos caminhoneiros, o tráfego consolidado da companhia apresentou crescimento de 2,8% no trimestre, informou a companhia.
O fraco desempenho da principal frente de negócios do grupo foi parcialmente compensado pela melhora no resultado do Ecoporto, que anotou um Ebitda negativo de R$ 2 milhões, menor que os R$ 6 milhões negativos de um ano antes. Já o segmento de prestação de serviços corporativos e outros serviços correlatos apresentou queda de 3% em seu resultado, para um Ebitda de R$ 2,3 milhões.
Alavancagem e investimentos
No que diz respeito ao endividamento, a EcoRodovias destacou a ligeira redução da alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda pró-forma comparável, para 2,58 vezes, ante as 2,64 vezes anotas um ano antes. Em relação ao trimestre anterior, porém, houve uma elevação de 0,13 ante os 2,45 anotados ao final de março.
A dívida bruta da companhia atingiu R$ 6,74 bilhões em junho, 3,3% menos que o verificado em março, mas as disponibilidades diminuíram 17%, levando a uma alta de 4,7% da dívida líquida, para R$ 4,61 bilhões. Do total, R$ 494 milhões tinham vencimento programado para o segundo semestre e outros R$ 1,25 bilhão vencem em 2019.