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Greve obriga Lufthansa a cancelar dois terços de seus voos

Antes, os funcionários da companhia aérea fizeram paralisações temporárias que afetaram os aeroportos de Frankfurt, Munique e Berlim

Greve dos funcionários da Lufthansa em Frankfurt, na Alemanha (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Greve dos funcionários da Lufthansa em Frankfurt, na Alemanha (Kai Pfaffenbach/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2012 às 06h23.

Berlim - A companhia aérea alemã Lufthansa cancelou dois terços de seus 1,8 mil voos programados para sexta-feira perante a greve de 24 horas dos tripulantes de cabine, com exceção dos pilotos, convocada pelo Ufo, sindicato do setor.

Um porta-voz da companhia anunciou nesta madrugada que só funcionarão com normalidade os 600 voos programados por suas companhias aéreas filiais como Germanwings e outras companhias do grupo como Austrian Airlines e Swiss, mas tentará operar suas rotas intercontinentais.

O conflito trabalhista entre a maior companhia aérea europeia e o sindicato do pessoal de cabine se mantém sem que nenhuma das partes pareça disposta a fazer concessões após dois dias de paralisações temporárias que afetaram os aeroportos de Frankfurt, Munique e Berlim.

Mais de 500 voos foram cancelados e 90 mil passageiros foram afetados direta ou indiretamente pelas interrupções, que causaram até agora perdas milionárias de dois dígitos segundo estimativas da imprensa especializada, embora a Lufthansa não tenha divulgado números concretos.

O sindicato indicou que a greve convocada para esta sexta-feira só será cancelada no caso de a direção da Lufthansa aceitar a intervenção de um mediador independente.

A campanha de greves do pessoal de cabine começou na sexta-feira passada, no aeroporto de Frankfurt, e prosseguiu na terça-feira nesse mesmo aeroporto, além dos de Berlim e Munique.

O sindicato anunciou há nove dias o início das interrupções após o fracasso das negociações com a direção da Lufthansa e após consultar seus filiados, que respaldaram majoritariamente a greve.

Após três anos de congelamento salarial e 13 meses de negociações infrutíferas, o Ufo exige para o pessoal de cabine da Lufthansa aumentos salariais de 5% e o compromisso de não contratar pessoal externo.

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