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Greve geral não afeta abastecimento de combustível, diz Petrobras

Em assembleia, 90% dos petroleiros filiados à Federação Única dos Petroleiros aderiram à paralisação

Petrobras: ônibus fretados pela empresa chegaram vazios em refinarias e terminais (Dado Galdieri/Bloomberg)

Petrobras: ônibus fretados pela empresa chegaram vazios em refinarias e terminais (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2017 às 13h14.

Última atualização em 28 de abril de 2017 às 14h12.

Rio - Os trabalhadores da Petrobras participam da greve geral desta sexta-feira, com "ampla adesão" em refinarias, plataformas de petróleo e terminais, segundo sindicalistas, enquanto a petroleira disse que os impactos não são significativos.

Na Bacia de Campos, responsável por 55 por cento da produção de petróleo do Brasil, trabalhadores de 30 plataformas interromperam as atividades e entregaram a produção para os gerentes, o que ocorreu já no início desta madrugada em algumas unidades.

"O intuito não era impactar a produção e sim mobilizar os funcionários, conscientizar sobre todas essas reformas do governo federal... Mas a Petrobras não tem como manter tantas plataformas em greve e algum impacto acaba sendo inevitável", afirmou o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Tezeu Bezerra.

O Sindipetro-NF é filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), associada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

A greve geral contra reformas consideradas prioritárias pelo governo do presidente Michel Temer bloqueou pela manhã importantes vias de diversas cidades do país, assim como acessos a aeroportos e ao porto de Santos, o principal canal de escoamento de produtos do Brasil para o exterior.

Bezerra está acompanhando a greve no Heliporto de Farol de São Tomé, um dos helipontos que embarcam trabalhadores para plataformas da Petrobras em Campos. "Nenhum embarque será feito hoje aqui, que é um dos principais helipontos, embarca cerca de 500 pessoas por dia e desembarca outras 500", afirmou.

A greve dos petroleiros começou no final da noite, com os ônibus fretados pela Petrobras e Transpetro (subsidiária de transporte) chegando vazios às refinarias e aos terminais. Não está havendo troca de turnos nas unidades, segundo informações da FUP.

Questionada sobre o movimento, a Petrobras disse apenas que não há impactos significativos e não deu detalhes sobre as implicações das paralisações para a empresa.

"A respeito das paralisações que ocorrem hoje, a Petrobras informa que não há impactos significativos na produção e o abastecimento do mercado é normal", disse a Petrobras.

Os sindicatos, por sua vez, não conseguem ainda mensurar quais os impactos na produção, uma vez que o controle das plataformas foram entregues e os empregados embarcados estão realizando apenas procedimentos essenciais para garantir a segurança nas unidades.

Segundo a FUP, todas as 11 refinarias das bases da federação estão sem troca de turno, assim como terminais da Transpetro, usinas de biodiesel, termoelétricas, fábricas de fertilizantes da Bahia e do Paraná, plataformas da Bacia de Campos, do Espírito Santo e do Rio Grande do Norte, além de campos de produção terrestre do Nordeste do país e norte capixaba.

Nas refinarias de Duque de Caxias (Reduc), Mauá/SP (Recap), Campinas/SP (Replan), Minas Gerais (Regap), Pernambuco (Abreu e Lima) e Ceará (Lubnor), os ônibus que deveriam levar os trabalhadores para as trocas de turno da noite também chegaram vazios às unidades, acrescentou a federação.

Ainda segundo a FUP, nos terminais de Cabiúnas (Macaé), Suape (Pernambuco), Campos Elíseos (Duque de Caxias), Guararema (SP), Guarulhos (SP), Barueri (SP) e São Caetano (SP), "nenhum petroleiro entrou para trabalhar".

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