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Greve da Iberia tem grande adesão

Milhares de funcionários da empresa de aviação, que protestam contra a supressão de 3.800 postos, tentaram arrombar a entrada do terminal T4 do aeroporto de Barajas


	Iberia: "O movimento contou com quase 100% de adesão", afirmou José Carrillo, responsável pelo setor aéreo no sindicato Comissiones Obreras.
 (Wikicommons)

Iberia: "O movimento contou com quase 100% de adesão", afirmou José Carrillo, responsável pelo setor aéreo no sindicato Comissiones Obreras. (Wikicommons)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 15h48.

Madri - Manifestantes e policiais ficaram feridos nesta segunda-feira, no aeroporto de Madri, no primeiro dia de paralisação da companhia aérea espanhola Iberia. Segundo o sindicato, a greve teve grande adesão, mas o impacto foi limitado graças ao serviço mínimo.

Milhares de funcionários da empresa de aviação, que protestam contra a supressão de 3.800 postos, tentaram arrombar a entrada do terminal T4 do aeroporto de Barajas, antes de serem controlados pela polícia, relatou um jornalista da AFP.

Depois de serem reprimidos por golpes de cassetetes, os grevistas conseguiram enfim entrar no terminal, onde continuaram com a manifestação.

"O movimento contou com quase 100% de adesão", afirmou José Carrillo, responsável pelo setor aéreo no sindicato Comissiones Obreras.

Os principais sindicatos da Iberia convocaram três séries de cinco dias de paralisação, de 18 a 22 de fevereiro, de 4 a 8 de março e de 18 a 22 de março. O objetivo é protestar contra a supressão de 3.800 postos, de um total de 20.000, anunciada pelo grupo IAG como parte dos planos de redução de custos.

"Entre os trabalhadores que não foram requisitados para o serviço mínimo, quase nenhum trabalha", afirmou o sindicalista, dando o exemplo do aeroporto madrileno onde, segundo ele, somente três funcionários em centenas não são grevistas.

"Somente voos que têm garantia do serviço mínimo estão decolando", acrescentou.


A Iberia, controlada pelo grupo IAG desde a fusão com a British Airways, garantiu 135 voos nesta segunda-feira, enquanto 81 foram cancelados. "Os voos mantidos pelo serviço mínimo ocorrem como previsto", afirmou a companhia em comunicado, dizendo ainda que até as 11h (horário local), 54 destes voos já tinham decolado.

Ao todo, a Iberia pretende cancelar 415 voos nesta semana.

Segundo listas publicadas no site da companhia, 20 voos foram cancelados nesta segunda-feira na Iberia Express e 57 na Air Nostrum, duas filiais da Iberia.

Desde sábado a companhia afirma ter conseguido realocar a maior parte dos passageiros afetados pelos voos cancelados (85%) em aviões de outras companhias. Os passageiros restantes (15%) seriam reembolsados.

A greve na Iberia teve consequências nesta segunda-feira pela companhia de low-cost Vueling, que utiliza alguns serviços de solo da Iberia (check-in e despacho de bagagens especialmente).

Os dias de greve "provocarão na Vueling importantes restrições no transporte aéreo", declarou a companhia em seu site, onde publicou a lista de voos cancelados esta semana (78 somente para segunda-feira).

A associação de consumidores Fuci pediu que sindicatos e direção da Iberia para que não façam os consumidores "reféns" do conflito social e a respeitar os direitos dos passageiros.

A Facua, outra organização de consumidores, pediu em comunicado que os clientes da Iberia "peçam indenizações para o prejuízo financeiro" sofrido, além do reembolso da passagem.

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