Negócios

Greve convocada por funcionários da Alitalia tem 90% de adesão

Devido aos protestos, a Alitalia teve que suspender 60% dos voos programados para hoje, e também sofreram cancelamentos alguns já previstos para terça

Funcionários em greve no aeroporto de Roma: o corte no quadro de funcionários, incluído no plano industrial da Alitalia, é um dos principais motivos de controvérsia entre a direção e os sindicatos (Remo Casilli/Reuters)

Funcionários em greve no aeroporto de Roma: o corte no quadro de funcionários, incluído no plano industrial da Alitalia, é um dos principais motivos de controvérsia entre a direção e os sindicatos (Remo Casilli/Reuters)

E

EFE

Publicado em 5 de abril de 2017 às 16h27.

Roma - No total, 90% dos trabalhadores da companhia aérea italiana Alitalia apoiaram nesta quarta-feira a segunda greve em 24 horas convocada pelos sindicatos em um mês e meio contra o plano industrial da empresa, que prevê 2 mil demissões.

Os números de adesão à greve foram informados pelo sindicato Filt Cgil, que explicou que 80% do pessoal de terra apoiou as interrupções enquanto a porcentagem chegou a 100% no caso do pessoal de voo.

Devido aos protestos, a Alitalia teve que suspender 60% dos voos programados para hoje, e também sofreram cancelamentos alguns já previstos para terça-feira e para as primeiras hora de amanhã, quinta-feira.

O corte no quadro de funcionários, incluído no plano industrial da Alitalia, é um dos principais motivos de controvérsia entre a direção e os sindicatos.

O plano prevê a demissão de 2 mil trabalhadores temporários e indefinidos, de um total de 12,5 mil funcionários, e também especifica cortes de 1 bilhão de euros até 2019, ano no qual a empresa estima que voltará a obter lucro.

No entanto, os representantes dos trabalhadores alegam que este programa não é realista para impulsionar a competitividade a longo prazo de uma companhia aérea que não tem lucro desde 2002.

A direção da companhia - com participação desde 2014 da Etihad- e os trabalhadores retomarão amanhã as negociações em reunião técnica que acontecerá no Ministério de Desenvolvimento Econômico, confirmaram à Agência Efe fontes do citado departamento.

As conversas prosseguirão nos próximos dias pois a empresa deu um prazo até 13 de abril para chegar a um acordo com sindicatos e acionistas, e poder assim aprovar e iniciar o plano industrial.

A Alitalia vive há muito tempo problemas financeiros e em 2009 chegou a estar à beira da quebra, embora tenha sido salva por um grupo de investidores privados italianos e a Air France-KLM.

Em dezembro de 2013 anunciou um aumento de capital de 300 milhões de euros e em julho de 2014 chegou a um acordo de compra com a Etihad, pelo qual a companhia aérea dos Emirados Árabes injetou na Alitalia cerca de 560 milhões de euros (US$ 762,4 milhões) e possui 49% da italiana.

Acompanhe tudo sobre:Alitaliacompanhias-aereasGreves

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares