Negócios

Grandes petroleiras se unem para criar fundo de renováveis

O setor enfrenta pressões crescentes para adotar um papel mais destacado na luta contra o aquecimento global

Shell: o tamanho e a estrutura do fundo não ficaram claros (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Shell: o tamanho e a estrutura do fundo não ficaram claros (Andrey Rudakov/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 2 de novembro de 2016 às 13h42.

Última atualização em 2 de novembro de 2016 às 14h55.

Londres - Grandes petroleiras, como Saudi Aramco e Shell, estão unindo forças para criar um fundo de investimento para desenvolver tecnologias de incentivo de energias renováveis, procurando ter um papel ativo no combate ao aquecimento global, disseram fontes.

Os principais executivos de sete companhias de petróleo e gás - BP, Eni, Repsol, Saudi Aramco, Royal Dutch Shell, Statoil e Total - irão anunciar os detalhes do fundo e outras medidas para reduzir os gases de efeito estufa em Londres na sexta-feira.

O setor enfrenta pressões crescentes para adotar um papel mais destacado na luta contra o aquecimento global, e o evento de sexta-feira irá coincidir com a entrada formal em vigor do Acordo de Paris de 2015, cuja meta é reduzir gradualmente os gases de efeito estufa produzidos pelo homem na segunda metade do século.

O grupo é parte da Iniciativa Climática de Petróleo e Gás (OGCI, na sigla em inglês), criado com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014 e que inclui 11 empresas que representam 20 por cento da produção global de petróleo e gás.

Os líderes das companhias devem detalhar os planos de criação de um veículo de investimento que irá se concentrar no desenvolvimento de tecnologias para reduzir as emissões e aumentar a eficiência de motores e combustíveis, de acordo com fontes envolvidas nas conversas que não quiseram ser identificadas.

O tamanho e a estrutura do fundo não ficaram claros.

O fundo também irá focar em maneiras de reduzir os custos da tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês), que diz respeito à captação de emissões de dióxido de carbono produzidas por usinas que queimam combustíveis fósseis e sua reinjeção em cavernas subterrâneas.

OGCI, Shell, Total e BP não quiseram comentar.

Acompanhe tudo sobre:Aquecimento globalEnergia renovável

Mais de Negócios

Franquias no RJ faturam R$ 11 bilhões. Conheça redes a partir de R$ 7.500 na feira da ABF-Rio

Mappin: o que aconteceu com uma das maiores lojas do Brasil no século 20

Saiba os efeitos da remoção de barragens

Exclusivo: Tino Marcos revela qual pergunta gostaria de ter feito a Ayrton Senna