São Paulo – Grandes mancadas marcaram o ano de 2013 no mundo dos negócios.
Empresas tiveram seus nomes envolvidos em esquemas de corrupção. Outras erraram feio nos negócios e viram os lucros despencarem. Veja, a seguir, 15 grandes tombos dos negócios de 2013:
A troca de farpas entre os arqui-inimigos Abílio Diniz e Jean-Charles Naouriestá longe do fim, ainda que a disputa oficial pela presidência do Pão de Açúcar tenha terminado. Em junho, em entrevista à revista Veja, Abilio afirmou que “Naouri não tem pudor de mentir. Quando vi quem ele realmente era, ficou claro que não podia mais ficar como sócio”. Em setembro, falou à revista EXAME: “o Pão de Açúcar é meu DNA. O Pão de Açúcar vai comigo aonde eu for”. Em dezembro, Naouri, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, discretamente respondeu: “não herdei, e sim, construí minha carreira”.
No fim de novembro, a Petrobras anunciou aumento de 4% no preço da gasolina e 8% no preço do diesel. O mercado, porém, esperava um aumento de ao menos 8% no preço da gasolina, além da divulgação de uma fórmula de reajuste automático. A fórmula daria algum grau de previsibilidade aos gastos da estatal com a oscilação do petróleo. As ações caíram 10% em um dia, o equivalente a 25 bilhões de reais em valor de mercado.
Em maio, Jorge Queiroz pegou mulher e filhos e se mudou para o continente europeu, sem dizer exatamente para onde. O Grupo Rede de energia, do qual era presidente, está em recuperação judicial desde 2012 e tem dívidas de mais de 6 bilhões de reais, que não foram pagas. Os credores só verão o dinheiro a partir de 2014, quando a Energisa, que comprou a Rede, poderá assumir a companhia.
Desde que abriu seu IPO em 2011 até a saída de Andrew Mason do comando da Groupon, a empresa de compras coletivas pela internet viu suas ações caírem 85%. Uma sucessão de erros por parte do então presidente executivo ajudou na queda: desde a subestimação dos concorrentes até a sequência de aquisições sem a devida integração. Ele foi demitido em abril.
Após perder disputa judicial contra o Google, Larry Ellison, presidente executivo da Oracle, acusou Larry Page, CEO da concorrente, de ter sido “mau”. A declaração foi dada em entrevista para a rede de televisão CBS. Ellison acusa o Google de “roubar” a tecnologia Java para utilizá-la em seu sistema Android.
Quando o grupo Itochu gastou 3 bilhões de dólares para comprar parte da mineradora Namisa, da CSN, o plano era expandi-la para que, até o fim de 2013, ela comercializasse 38 milhões de toneladas de minério de ferro. O ano chegou ao fim e a Namisa produz hoje apenas um sexto do acordado, porque Benjamin Steinbruch e o conselho da mineradora que ele preside decidiram não investir. Os japoneses pedem o dinheiro de volta, mas a CSN já disse que não vai pagar.
A sensação do mercado com os produtos da Apple lançados este ano era a mesma: já vi isso antes. Com cada vez menos inovações, as vendas continuaram a crescer, mas a um ritmo muito menor que o visto em anos anteriores. A concorrência ganhou espaço e o resultado ficou claro: ao fim do ano fiscal de 2013, fechado em outubro, a Apple registrou queda nos lucros de 11,2%.
Semanas depois de ter sido acusado de envolvimento em escândalos recentes de pagamentos de suborno e gastos excessivos com executivos, o presidente do conselho de administração da ThyssenKrupp, Gerhard Cromme, deixou o cargo. Sua administração também foi criticada por seus acionistas depois de ter queimado bilhões de euros na construção de duas novas minas de aço nos Estados Unidos e no Brasil que trouxeram prejuízos em 2012.
Em fevereiro deste ano, o megaempresário Donald Trump vendeu um de seus maiores cassinos em Atlantic City, o Trump Plaza, por 20 milhões de dólares. O valor é um décimo do que foi investido na sua construção e é considerado baixo para o setor. Segundo analistas, esse foi o indício de uma nova crise, que pode levar a Trump Entertainment Resorts à falência.
Depois de fazer a rede de varejo americana J.C. Penney perder 1 bilhão de dólares em menos de dois anos, Ron Johnson foi demitido em abril deste ano. Algumas de suas medidas que depois se comprovaram suicidas: acabou com os cupons de descontos pelos quais as lojas eram conhecidas e tirou da prateleira marcas queridinhas pelos consumidores. As vendas caíram 25%.
Em maio deste ano, foi descoberto que, entre os anos 2000 e 2008, a Siemens e a Alston se uniram em cartel para fraudar licitações em obras de metrôs e trens para o estado de São Paulo. A informação veio de dentro da própria Siemens. Desde 2007, a empresa realiza uma faxina interna, depois que uma investigação na Alemanha descobriu que a Siemens pagou 1,4 bilhão de euros a políticos e funcionários públicos para conseguir obras públicas. Em dezembro, um alto executivo da empresa admitiu a suspeita de que 7 bilhões haviam sido desviados para o pagamento de propinas.
Em março, a fabricante de roupas de ginástica canadense Lululemon teve de anunciar um recall de 17% de suas peças de roupas em circulação. O motivo: as calças se mostraram transparentes. Suas ações caíram 17,5%. Depois do incidente, uma série de brigas internas e crises de imagens fizeram o fundador e então presidente da empresa renunciar em dezembro.
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