Almir Barbassa, ex-diretor da Petrobras: José Carlos Cosenza, José Miranda Formigli, José Alcides Santoro e José Antônio Figueiredo também deixam a companhia (Agência Petrobras)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 08h46.
BRASÍLIA/RIO DE JANEIRO - A Petrobras confirmou na noite desta quarta-feira os nomes dos cinco diretores que renunciaram ao cargo e que haviam sido revelados à Reuters mais cedo por uma fonte próxima à companhia.
Segundo comunicado enviado ao mercado, os diretores que deixarão o comando da companhia são Almir Barbassa (Finanças), José Carlos Cosenza (Abastecimento), José Miranda Formigli (Exploração e Produção), José Alcides Santoro (Gás e Energia) e José Antônio Figueiredo (Engenharia, Tecnologia e Materiais).
A estatal afirmou ainda que a saída deles, junto a Graça Foster, terá efeito a partir de sexta-feira, quando haverá uma reunião do Conselho de Administração para eleger novos executivos.
Os únicos diretores que devem permanecer são João Elek Junior, recentemente empossado para a nova diretoria de Governança, Risco e Conformidade, e José Eduardo Dutra, diretor Corporativo e de Serviços.
Dutra foi senador pelo PT e presidiu a Petrobras no começo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e depois a BR Distribuidora. Além disso, foi um dos coordenadores da campanha de Dilma nas eleições de 2010.
QUESTÕES PESSOAIS
Uma fonte próxima a Dilma disse à Reuters que questões pessoais foram determinantes para a saída da Graça Foster.
A presidente da Petrobras tem sido, para a opinião pública, um dos símbolos mais reconhecidos do difícil momento vivido pela estatal. No Rio de Janeiro, o rosto de Graça Foster está sendo estampado em máscaras de Carnaval. Na terça, um protesto foi realizado em frente à casa da executiva, em Copacabana.
Segundo uma fonte próxima à diretoria, a decisão da renúncia em conjunto com Graça Foster ocorreu devido ao cenário que se agravou após a circulação das notícias de que ficariam apenas até que o balanço fosse publicado auditado.
"As ações disparam, subiram 15 por cento em um dia, porque a diretoria ia sair", disse a fonte.
O desgaste no mercado, segundo essa fonte, era muito forte e eles não queriam ficar taxados como a cara "do problema, da corrupção, do fracasso".