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GPA estima recuperação lenta da economia em 2017, diz CFO

O vice-presidente de finanças da companhia destacou que o resultado do GPA está mais atrelado a reformulações e estratégias comerciais

Pão de Açúcar: "Há pequenos sinais positivo macroeconômicos, mas não esperamos nada muito significativo", afirmou Hidalgo (ALEXANDRE BATTIBUGLI/Site Exame)

Pão de Açúcar: "Há pequenos sinais positivo macroeconômicos, mas não esperamos nada muito significativo", afirmou Hidalgo (ALEXANDRE BATTIBUGLI/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 28 de abril de 2017 às 16h28.

Última atualização em 28 de abril de 2017 às 17h14.

São Paulo - O Grupo Pão de Açúcar estima estabilização da economia brasileira nos próximos meses, com gradativa e lenta recuperação em 2017, de acordo com o vice-presidente de finanças da companhia, Christophe Hidalgo.

"Há pequenos sinais positivo macroeconômicos, mas não esperamos nada muito significativo", afirmou o executivo à Reuters nesta sexta-feira, citando entre esses sinais a recuperação da confiança e a queda da taxa de juros.

Mas ele destacou que no curto prazo o resultado do GPA está menos dependente das condições macroeconômicas e mais atrelado a reformulações e estratégias comerciais implementadas desde 2016.

Na teleconferência sobre o resultado do primeiro trimestre, o presidente-executivo do GPA, Ronaldo Iabrudi, disse que o grupo observou pouco impulso da economia até agora.

Entre essas estratégias comerciais citadas por Hidalgo estão descontos progressivos (1,2,3 Passos da Economia Extra) e ajustes nos sortimentos dos produtos em suas lojas.

Nesse contexto, a expectativa do grupo é manter no acumulado de 2017 o mesmo patamar de margem bruta verificado no primeiro trimestre, de 22,4 por cento. No ano passado, a empresa encerrou com margem de 23 por cento.

"Para o resultado do ano, fica parecido com o fechamento do primeiro trimestre", afirmou Hidalgo.

Por segmento, a margem bruta do multivarejo ficou em 27,3 por cento no período, alta de 1,2 ponto em 12 meses. A bandeira de atacarejo Assaí atingiu 14,4 por cento, alta de 0,8 ponto.

No caso do Multivarejo, o executivo não descartou ligeira queda no segundo trimestre em razão do efeito Páscoa (que em 2016 foi em março e neste ano aconteceu em abril).

No primeiro trimestre, a ausência da Páscoa teve um efeito positivo ao redor de 0,25 ponto na margem da divisão, citou.

A melhora da margem do Assaí, segundo o executivo, decorreu da maturação de lojas da bandeira abertas nos últimos dois anos e aumento da participação de pessoa física nas vendas.

Ele disse também não ver razão para que as vendas do Assaí serem muito diferentes em 2017 do que no primeiro trimestre, enquanto no multivarejo avalia que faz sentido um leve aumento.

"Devemos manter o ritmo e ganhar market share como no primeiro trimestre", afirmou, ressaltando esforços comerciais a serem lançados nas próximas semanas, mas sem dar detalhes.

Hidalgo reiterou que o plano é abrir entre seis e nove lojas do Assaí e converter de 15 a 20 unidades do Extra Hiper para Assaí neste ano.

Segundo ele, há cinco ou seis unidades do Extra já fechadas em processo de conversão para estarem prontas no final do segundo ou começo do terceiro trimestre.

O processo de venda da Via Varejo não está suspenso, disse, pontuando ser normal que a venda de um ativo grande como a varejista de móveis e eletroeletrônicos seja um pouco demorado, especialmente no contexto de incerteza macro.

"É um ativo valioso, não queremos nos desfazer a qualquer condição", disse.

O GPA divulgou na véspera lucro líquido consolidado de 215 milhões de reais para o primeiro trimestre, ante prejuízo de 157 milhões de reais registrado um ano antes.

Às 14:31, a ação subia 9,3 por cento, a 71,63 reais, destaque do Ibovespa, que avançava 0,9 por cento.

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