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Governo federal fecha as portas para ‘nova empresa da’ Delta

No entendimento da Controladoria-Geral da União, que considerou a Delta inidônea no ano passado, a punição se estende também à nova construtora do grupo, a Técnica Construções


	A Técnica, criada em fevereiro deste ano para atender ao plano de recuperação judicial imposto à Delta, já participa de dois processos licitatórios em São Paulo
 (REUTERS/Kai Pfaffenbach/File)

A Técnica, criada em fevereiro deste ano para atender ao plano de recuperação judicial imposto à Delta, já participa de dois processos licitatórios em São Paulo (REUTERS/Kai Pfaffenbach/File)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 09h15.

São Paulo - A nova empresa do grupo Delta, a Técnica Construções, não poderá participar de licitações públicas do governo federal. No entendimento da Controladoria-Geral da União (CGU), que considerou a Delta inidônea no ano passado, a punição se estende também a essa nova construtora, sua subsidiária.

De acordo com a CGU, neste momento o órgão não vai tomar nenhuma medida legal contra a Técnica porque não há "notícia de que a referida empresa tenha procurado participar de licitações ou contratos com órgãos federais". Caso ela se inscreva em algum processo licitatório de obras da União, será considerada impedida.

A Delta, no entanto, continua à frente de antigos contratos, pois a legislação não barra o que já estava em andamento. No ano passado, mesmo após ser considerada inidônea, a empresa faturou R$ 877 milhões em contratos com a União, 12 Estados e o Distrito Federal.

Sem citar esse caso específico, o ministro da CGU, Jorge Hage, manifestou recentemente que considera ilegal a subsidiária de uma empresa declarada inidônea participar de concorrências pública.

Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou na semana passada, a Técnica, criada em fevereiro deste ano para atender ao plano de recuperação judicial imposto à Delta, já participa de dois processos licitatórios em São Paulo: um conjunto de obras na bacia do Rio Tietê, orçado em R$ 2 bilhões, e a duplicação de dois trechos da rodovia SP-304, em Piracicaba, avaliada em R$ 54,6 milhões.

Histórico

A Delta está proibida de disputar contratos ligados à União desde junho de 2012, quando foi considerada inidônea pelo governo federal. A punição foi imposta depois de a empresa ser acusada de integrar o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

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