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Governo de Portugal vai privatizar EDP via venda direta

O governo considera prioritárias as operações de privatização da EDP, REN e Galp Energia, as quais quer concluir até o fim de 2011

A brasileira Eletrobras já manifestou interesse em concorrer a esta privatização e ter um assento no Conselho de Administração da EDP (Delatfrut/Wikimedia Commons)

A brasileira Eletrobras já manifestou interesse em concorrer a esta privatização e ter um assento no Conselho de Administração da EDP (Delatfrut/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2012 às 13h56.

São Paulo - O governo de Portugal deu "sinal verde" para as privatizações de 20 por cento da Energias de Portugal e de 51 por cento da Redes Energéticas Nacionais, por meio da venda direta.

"Eu diria que há uma venda direta estrategicamente definida. Aponta-se para a venda direta por razões da urgência da montagem destas operações", disse o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros Luís Marques Guedes, em conferência de imprensa nesta quinta-feira.

Segundo Guedes, esse modelo operacional permite atrelar os interesses públicos e estratégicos das empresas, "sem descuidar da rapidez necessária ao cumprimento dos compromissos assumidos pelo Estado português" no âmbito do plano de resgate concedido pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), de 78 bilhões de euros.

O Governo considera prioritárias as operações de privatização da EDP, REN e Galp Energia, as quais quer concluir até o fim de 2011.

Guedes afirmou também que as regras aprovadas pelo Conselho de Ministros prevêem uma venda a investidores de referência. Se houver parcelas remanescentes dessa alienação de capital, o governo pode recorrer a uma oferta pública de venda (OPV).

"No caso da EDP, a indicação que o Governo já tem é que o conjunto de interessados, em princípio, virão a afastar, na prática, a necessidade de se recorrer à OPV", disse.


O governo acrescentou que os investidores que adquirirem participação na REN não podem ser simultaneamente adquirentes da EDP.

Na semana passada, o diretor de Finanças da EDP, Nuno Alves, disse em entrevista à Reuters que prefere que o lote que o Estado vai alienar seja comprado por uma empresa do setor energético ante investidor financeiro.

A brasileira Eletrobras já manifestou interesse em concorrer a esta privatização e ter um assento no Conselho de Administração da EDP.

A imprensa portuguesa reportou que há interesse também da alemã EON da francesa GDF Suez e da chinesa China Power.

O ministro das Finanças, Vitor Gaspar, tem afirmado que a escolha dos compradores levará em conta a qualidade do projeto industrial envolvido na operação e os benefícios que esse projeto industrial possa trazer, de forma direta e indireta, à economia nacional.

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