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Governo de Minas embarga licença da Samarco em Mariana

Segundo o subsecretário de Estado de Regularização Ambiental, Geraldo Abreu, o governo embargou a licença de operação da unidade


	Barragens que se romperam pertencem à mineradora Samarco: na quinta-feira, 5, as barragens de Fundão e Santarém, que pertenciam à mina e recebiam rejeitos de minério de ferro, romperam-se e inundaram de lama o distrito de Bento Rodrigues
 (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)

Barragens que se romperam pertencem à mineradora Samarco: na quinta-feira, 5, as barragens de Fundão e Santarém, que pertenciam à mina e recebiam rejeitos de minério de ferro, romperam-se e inundaram de lama o distrito de Bento Rodrigues (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 14h45.

Belo Horizonte - A Samarco não pode mais extrair ou processar minério de ferro na mina de Germano, em Mariana.

Segundo o subsecretário de Estado de Regularização Ambiental, Geraldo Abreu, o governo embargou a licença de operação da unidade.

Na quinta-feira, 5, as barragens de Fundão e Santarém, que pertenciam à mina e recebiam rejeitos de minério de ferro, romperam-se e inundaram de lama o distrito de Bento Rodrigues. Até o início desta segunda-feira, 9, foram confirmadas duas mortes e 25 desaparecidos.

Ainda segundo o subsecretário, a Samarco só voltará a operar na região depois de cumprir exigências de segurança feitas pelo Estado.

"É preciso realizar as correções necessárias para que o funcionamento da mina seja retomado", afirmou Abreu.

Não há prazo para que isso aconteça. Uma das medidas a serem adotadas pela empresa, conforme Abreu, é o término do bombeamento do minério de ferro que se encontra dentro do mineroduto da empresa que liga Mariana ao Espírito Santo.

O Complexo de Germano tem reservas estimadas em 400 milhões de toneladas de minério de ferro. Hoje, são retirados anualmente da mina cerca de 10 milhões de toneladas por ano.

O embargo da licença aconteceu na sexta-feira, 6. No mesmo dia, o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador de Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais, anunciou que pediria nesta segunda-feira o fechamento da mina.

A promotoria do Estado abriu inquérito civil público para investigar a queda das duas barragens.

Segundo Ferreira Pinto, existe a suspeita de irregularidades em obras que estariam sendo feitas nas barragens para ampliação da capacidade de armazenamento de rejeitos.

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