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Governo chileno capitalizará mineradora Codelco, mas cobra austeridade

Ministro da Fazenda da país prometeu decidir até 30 junho sobre o montante a ser injetado na companhia

Codelco: para manter dívida estável, diretor-executivo da empresa pede criação de plano de capitalização ou retenção de benefícios de longo prazo (Ariel Marinkovic/AFP)

Codelco: para manter dívida estável, diretor-executivo da empresa pede criação de plano de capitalização ou retenção de benefícios de longo prazo (Ariel Marinkovic/AFP)

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AFP

Publicado em 26 de abril de 2018 às 21h58.

Última atualização em 26 de abril de 2018 às 22h54.

O governo do Chile capitalizará a estatal Codelco, a maior produtora de cobre do mundo, embora exija maior austeridade da empresa, anunciou nesta quinta-feira (26) o ministro de Fazenda, Felipe Larraín.

"Participaremos com a capitalização que for necessária" para manter as condições de crédito no mercado, graças ao apoio do Estado chileno, disse Larraín ao fim da reunião de acionistas.

"Temos até 30 de junho para poder decidir sobre o montante da capitalização", disse à imprensa.

Entre 2014 e 2017, a Codelco recebeu 57% da capitalização programada para executar os projetos estruturais, alcançando 1,82 bilhão de dólares, informou o diretor-executivo da empresa, Nelson Pizarro, à junta de acionistas, segundo um comunicado da empresa.

Para este ano, a empresa almeja uma retenção de 569 milhões de dólares em lucros e 1,38 bilhão em injeções de capital para o período 2018-2019.

No entanto, o diretor pediu para que seja criado um plano de capitalização ou retenção de benefícios "de longo prazo", a fim de manter a dívida estável. Desde 2015, ela está em torno de 14 bilhões de dólares.

"Não investir significa o fim da Codelco", a joia da coroa do Estado chileno, lembrou Larraín à imprensa.

O ministro ainda entregou à atual diretoria, que será renovada em 11 de maio, as instruções de austeridade elaboradas pelo governo conservador de Sebastián Piñera para todas as empresas estatais.

"A austeridade é mais necessária do que nunca, porque a situação fiscal do Chile é complexa", alertou Larraín, que espera que a nova diretoria apresente um plano de corte de custos.

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