Negócios

Google permite retirada de produtos na porta de lojas

Consumidores têm acesso ao estoque de varejistas próximas e podem retirar as compras no local, sem entrar na loja

Lojas fechadas no Rio de Janeiro: ferramenta do Google busca promover opções de atendimento mais seguras. (Tania Regô/Agência Brasil)

Lojas fechadas no Rio de Janeiro: ferramenta do Google busca promover opções de atendimento mais seguras. (Tania Regô/Agência Brasil)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 14 de maio de 2020 às 06h00.

Última atualização em 14 de maio de 2020 às 06h27.

Entrega por motoboy, drive-thru ou retirada em loja. Na quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus, empresas buscam maneiras de manter as vendas e entregas. O Google acaba de lançar uma nova ferramenta que permite ao varejista indicar produtos com opção de retirada na porta da loja, mas sem necessidade de entrar no local. 

O objetivo é ajudar a conectar consumidores com os produtos que eles têm urgência em receber e, ao mesmo tempo, promover opções de atendimento mais seguras. A ferramenta do Google Shopping mostra os produtos em estoque de uma determinada loja física.

De acordo com o Google, as pesquisas por "estoque" cresceram mais de 70% em todo o mundo entre a semana de 28 de março e 4 de abril, já que consumidores procuravam formas de receber suas compras mais rapidamente. 

Esse recurso está disponível nos países onde os anúncios de inventário local foram lançados, incluindo o Brasil. O selo “retirada na porta” está atualmente na versão beta e disponível para anunciantes que já fizeram a integração do selo de retirada na loja. Varejistas que quiserem incluir a opção nos seus anúncios podem demonstrar interesse através deste formulário.

A busca por esse tipo de informação, para comprar pela internet e retirar na loja ou até para ir até a loja fazer a compra, já estava em alta antes da pandemia do novo coronavírus. Na Black Friday, por exemplo, a opção de retirar na loja era relevante para quase 40% dos brasileiros, de acordo com pesquisa feita pelo Google na ocasião.

Outras empresas, como as varejistas de moda C&A e Renner, passaram a adotar a modalidade de drive-thru para compras feitas pela internet, também gerando receitas para as lojas físicas. 

No início do mês, a empresa de software de gestão de varejo Linx se uniu à startup de marketplace e entregas Rappi para permitir que lojistas de shopping consigam vender mais facilmente seus produtos. Com as lojas praticamente inoperantes, já foram mais de 20 bilhões de reais perdidos durante a pandemia, segundo cálculos da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).

Seja para economizar com frete, tornar a logística mais eficiente ou para manter as vendas mesmo durante a pandemia, varejistas buscam novas maneiras de vender e entregar os produtos aos consumidores. 

 

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusGoogleLojas

Mais de Negócios

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana