Manifestante grita dentro da Câmara do Senado americano durante a invasão (Win McNamee/Getty Images)
Denyse Godoy
Publicado em 6 de janeiro de 2021 às 22h33.
Última atualização em 6 de janeiro de 2021 às 23h03.
Os presidentes de grandes e famosas empresas americanas condenaram, nesta quarta-feira (6), a invasão da sede do Congresso Nacional dos Estados Unidos por manifestantes pró-Donald Trump. Na sessão de hoje, os parlamentares ratificariam a vitória do democrata Joe Biden na última eleição presidencial.
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Sundar Pichai, presidente do Google e de sua controladora Alphabet, chamou as cenas da invasão do Capitólio de "chocantes e assustadoras". "Realizar eleições livres e seguras e resolver nossas diferenças pacificamente são a base do funcionamento da nossa democracia. A ilegalidade e violência que tiveram lugar no Capitólio hoje é a antítese da democracia, e nós as condenamos fortemente", escreveu em mensagem aos funcionários.
"Condenamos fortemente" também foi a expressão usada pelo presidente do banco de investimentos JPMorgan, Jamie Dimon. "Isso não é o que somos como povo ou país. Somos melhores do que isso. Nossos líderes eleitos têm a responsabilidade de pedir o fim da violência, aceitar o resultado [da eleição], e, como a nossa democracia tem feito por séculos, apoiar uma transição de poder pacífica", afirmou em e-mail à imprensa.
Para o presidente da gestora de investimentos BlackRock, Larry Fink, a invasão foi um "ataque à nossa nação, nossa democracia e a vontade do povo americano". "A transição de poder pacífica é a fundação da nossa democracia. Somos o que somos como nação por causa das nossas instituições democráticas e processos", escreveu Fink em comunicado.
David Solomon, presidente do banco de investimentos Goldman Sachs, pediu que os EUA comece a reinvestir em sua democracia e na reconstrução das instituições que fizeram "um país excepcional".
O presidente do grupo financeiro Citi, Michael Corbat, afirmou estar "enojado" pela invasão do Capitólio. "Embora essas cenas sejam difíceis de assistir, tenho fé no nosso processo democrático e sei que o importante trabalho do Congresso vai continuar, e aquelas pessoas vão responder por seus atos", escreveu.
Jay Timmons, presidente da Associação Nacional das Indústrias, escreveu: "Essa não é a visão de América em que os industriais acreditam e trabalham muito duro para defender. Estamos tentando reconstruir a economia e salvar e reconstruir vidas. Mas nada disso vai importar se nossos líderes se recusarem a defender o país e a nossa democracia desse ataque. Porque nosso sistema de governo, que sustenta nosso modo de vida, vai se esfacelar".