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Google inicia disputa com Facebook para reter talentos

Google anunciou aos seus funcionários que planeja elevar os salários em 10 por cento no ano que vem

Google vem enfrentando crescente ameaça do Facebook  (Justin Sullivan/Getty Images)

Google vem enfrentando crescente ameaça do Facebook (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2010 às 10h50.

São Francisco - O Google, que vem enfrentando crescente ameaça do Facebook na disputa pelo tempo que os internautas gastam na rede, também travou uma guerra com o rival por talentos de engenharia.

Na terça-feira, o Google anunciou aos seus funcionários que planeja elevar os salários em 10 por cento no ano que vem, uma decisão interpretada como esforço para conter a saída de engenheiros e executivos que estão trocando o gigante de buscas por rivais em crescimento como o Facebook.

"Eles não têm mais controle absoluto sobre os maiores talentos," disse Colins Gillis, analista da BGC Partners, sobre o Google.

"O Facebook atualmente está contratando talentos de primeiro escalão e o Google enfrenta dificuldades para reter pessoal," disse ele, acrescentando que o aumento de salário era uma das maneiras de o Google contra-atacar.

O Google domina o segmento de buscas na Internet em todo mundo, com cerca de dois terços do mercado, e controla um sistema de publicidade vinculado a buscas que gerou cerca de 24 bilhões de dólares em receita em 2009.

Mas, com a crescente popularidade das redes sociais, uma nova geração de companhias de Internet vem exercendo forte atração sobre engenheiros e gerentes de produto do Vale do Silício.

Para alguns profissionais de tecnologia, a oportunidade de trabalhar em uma empresa menor que o Google, que tinha 23 mil funcionários no final de setembro, e de receber opções de ações a preço favorável antes de uma oferta pública inicial, oferece atrativos que o Google não é capaz de cobrir.

"As pessoas veem as redes sociais como o lugar onde as coisas são interessantes e inovadoras, e o mesmo já não se aplica às buscas, ainda que estas sejam interessantes e lucrativas," disse Dave McClure, fundador da 500 Startups, empresa que investe em companhias iniciantes e apoia diversas novas redes sociais.

"Para certas pessoas, não penso que seja uma questão de dinheiro ou ações," disse McClure sobre os atrativos de trabalhar em uma companhia de redes sociais. "É a oportunidade de trabalhar em uma empresa iniciante e aquecida. Para muita gente, isso quer dizer Facebook, Zynga ou Twitter."

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