(Krisztian Bocsi/Bloomberg)
Vanessa Barbosa
Publicado em 22 de outubro de 2017 às 08h27.
Última atualização em 22 de outubro de 2017 às 08h27.
São Paulo - Diariamente, milhares de pessoas em todo o mundo realizam trilhares de pesquisas no Google, reproduzem por minuto mais de 400 horas de vídeos no Youtube e armazenam um número a perder de vista de arquivos na nuvem. Como você deve imaginar, é preciso energia — muita energia — para alimentar os datacenters do gigante da internet.
Preocupado com os custos crescentes da energia e também em reduzir a pegada ecológica de suas operações, há sete anos, Google começou a investir em fontes de energia renovável como usinas solares e eólicas. Agora, a empresa está em vias de atingir sua principal meta ambiental: abastecer 100% de seus datacenters e escritórios em todo o mundo por fontes não poluentes até o final de 2017.
Para atingir isso, eles investiram quase US$ 2,5 bilhões em energia eólica e solar nos último anos, que somam um total de 3,7 gigawatts. A primeira grande investida começou com um acordo de contrato de compra de energia de um parque eólico de 114 megawatts em Iowa, nos Estados Unidos, em 2010. Atualmente, a empresa investe em mais 20 megaprojetos de fontes renováveis, um verdadeiro império verde.
Segundo Urs Holzle, vice-presidente sênior da infraestrutura do Google, os custos mais baixos e contínuos das energias renováveis e sua estabilidade ajudaram a empresa a definir seu objetivo e alcançá-lo.
"Nos últimos seis anos, os custos da energia do vento e solar caíram 60 por cento e 80 por cento, respectivamente, provando que as fontes renováveis estão se tornando cada vez mais a opção de menor custo", diz o executivo em post no site da empresa.
Embora o feito seja impressionante, ele destaca que tão importante quanto investir em novas fontes, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis, é buscar mais eficiência energética.
E o Google se empenhou aí. Os centros de dados da empresa usam apenas metade da energia quando comparados com o de outras grandes corporações. Eles também conseguiram entregar três vezes mais poder de processamento usando a mesma quantidade de energia.