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Goldman Sachs defende compra de bônus venezuelanos

No fim de semana, o Wall Street Journal publicou que o banco pagou um total de US$ 865 milhões pelos bônus emitidos pela estatal PDVSA em 2014

Protesto contra a Goldman Sachs: "acreditamos que a situação nesse país deve melhorar com o tempo", disse o banco (Lucas Jackson/Reuters)

Protesto contra a Goldman Sachs: "acreditamos que a situação nesse país deve melhorar com o tempo", disse o banco (Lucas Jackson/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de maio de 2017 às 17h01.

Nova York - O banco Goldman Sachs defendeu nesta terça-feira sua decisão de comprar US$ 2,8 bilhões em bônus do Banco Central da Venezuela após as críticas recebidas por parte de lideres opositores no país sul-americano.

"Investimos em bônus da Petroleos de Venezuela (PDVSA) porque, como muitos outros neste setor, acreditamos que a situação nesse país deve melhorar com o tempo", afirmou o banco em comunicado enviado à Agência Efe.

Um porta-voz do Goldman Sachs explicou que esses títulos, emitidos em 2014, foram comprados nos mercados secundários através de um corretor em uma operação na qual não houve interação direta com o governo venezuelano.

"Reconhecemos que a situação é complexa e mudável e que a Venezuela está em crise. E concordamos que a vida (nesse país) tem que melhorar e, em parte, fizemos este investimento porque acreditamos que assim será", acrescenta a nota.

No fim de semana, o "The Wall Street Journal" publicou que o departamento de gestão de ativos do banco pagou 31 centavos de dólar, ou um total de US$ 865 milhões, pelos bônus emitidos pela estatal PDVSA em 2014 com vencimento em 2022.

O investimento foi feito em meio a uma onda de protestos a favor e contra o governo de Nicolás Maduro, que em algumas ocasiões acabam em violência.

Em quase dois meses, foram contabilizadas 59 mortes ligadas às manifestações, segundo dados do Ministério Público.

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