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Gol tem queda de quase 70% no lucro líquido do 1º trimestre

Segundo balanço, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves recuou 31,3 por cento

Gol: segundo balanço, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) recuou 31,3 por cento (Paulo Whitaker/Site Exame)

Gol: segundo balanço, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) recuou 31,3 por cento (Paulo Whitaker/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 10 de maio de 2017 às 10h24.

Última atualização em 10 de maio de 2017 às 11h24.

São Paulo - A companhia aérea Gol teve lucro líquido de 232,7 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 69 por cento em relação aos mesmos meses do ano passado, em um resultado que trouxe recuo do caixa, mas queda no endividamento.

A dívida líquida total ajustada, excluindo aeronaves em devolução e os bônus perpétuos, alcançou 10,8 bilhões de reais, ante 11,767 bilhões no quarto trimestre de 2016, equivalente a 4,6 vezes o Ebitdar anualizado, contra 6,7 vezes no final de dezembro do ano passado.

A companhia aérea encerrou o período com cerca de 695 milhões de reais em caixa, queda de 61,7 por cento sobre o mesmo período do ano anterior. Ante o quarto trimestre, houve queda de 40 por cento no caixa.

A Gol manteve a estimativa de uma taxa de ocupação de 77 a 79 por cento neste ano, frota de 115 aeronaves e redução de 3 a 5 por cento na oferta total de assentos. A previsão da margem operacional (Ebit) em 2017 seguiu de 6 a 8 por cento.

A receita operacional líquida da companhia aérea caiu 2,5 por cento frente a igual intervalo de 2016, para 2,646 bilhões de reais, com a receita de passageiros recuando 5,8 por cento no período em razão de menor demanda.

O número de passageiros transportados caiu 8,3 por cento no primeiro trimestre, mas a taxa de ocupação subiu 2,1 pontos percentuais, a 79,6 por cento, com a maturidade da nova malha aérea, lançada em maio de 2016, que levou à redução de 13,2 por cento na disponibilidade de assentos, disse a Gol.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) recuou 31,3 por cento na mesma base de comparação, para 601,3 milhões de reais.

Em termos ajustados, o Ebitdar somou 693,5 milhões de reais, alta de 4,6 por cento, com margem de 26,2 por cento ante 24,4 por cento um ano antes.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros e impostos (Ebit) ajustado subiu 53,8 por cento, para 345,4 milhões de reais, com a margem avançando 4,8 pontos, para 13,1 por cento.

No começo de abril, a Gol divulgou dados preliminares sobre o resultado operacional do primeiro trimestre no qual tinha estimado que a margem Ebit do primeiro trimestre teria ficado entre 12 e 12,5 por cento.

Às 11h19, as ações da Gol recuavam 0,3 por cento na bolsa paulista, a 11,22 reais, enquanto o índice Small Caps, no qual estão listadas, avançava 1 por cento.

Despesas

Nos primeiros três meses do ano, a Gol teve alta de 5,3 por cento no total de despesas operacionais, para 2,393 bilhões de reais. O custo operacional por assento disponível por quilômetro (cask) aumentou 7,4 por cento, 19,91 centavos de real.

A companhia explicou que o custo total no primeiro trimestre de 2016 tinha sido menor devido ao valor positivo proveniente do retorno de aeronaves em arrendamento financeiro e operações de 'sale-leaseback' (transação financeira, onde um vende um recurso e o aluga de volta por um longo prazo) naquele trimestre.

Excluindo as despesas não recorrentes, o cask ajustado total foi de 19,14 centavos de real, declínio de 5,6 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os gastos com combustível de aviação recuaram 2,8 por cento, enquanto desembolsos com comerciais e publicidade cederam 0,8 por cento e a linha de despesas com o arrendamento de aeronaves cedeu 25,4 por cento.

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