Constantino, da Gol: venda de lanches a bordo para ampliar receita (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2010 às 12h36.
São Paulo - Até abril, a Gol quer implantar a venda de produtos a bordo em cerca de 500 de seus 870 voos diários. Atualmente, os passageiros já pagam pelos sanduíches e bebidas em 42 voos operados pela empresa. Segundo o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, a maior dificuldade para a expansão é negociar a forma de cobrança de impostos com as secretarias estaduais. “É um tipo de serviço novo no Brasil”, disse.
Até dezembro, o empresário espera um salto nessa área, alcançando 84 voos diários com serviços pagos. “Pode chegar a 130, se algumas negociações forem concluídas”, afirmou durante teleconferência de resultados com jornalistas, nesta sexta-feira (12/11).
Cobrar pelo que os passageiros consomem nas viagens é uma das apostas da companhia para elevar as chamadas receitas auxiliares. No terceiro trimestre, elas totalizaram 187,8 milhões de reais e representaram pouco mais de 10% da receita líquida total de 1,788 bilhão de reais. Em comparação com o terceiro trimestre de 2009, contudo, as receitas auxiliares recuaram 17,7%.
A queda dessa rubrica é atribuída pela Gol aos efeitos não-recorrentes da entrada de 50 milhões de reais, no mesmo período do ano passado, relativos ao acordo com o Bradesco e o Banco do Brasil para o cartão co-branded Smiles.
Quando se exclui esse item, as receitas não-recorrentes apresentaram crescimento de 5,4% sobre o mesmo período do ano passado. O desempenho foi puxado pelo aumento de 128% das receitas de cargas. Já as vendas a bordo cresceram 60,1%. “Essa não é uma receita expressiva ainda, porque vem de poucos voos diários”, disse Constantino.