Negócios

Com fim da Webjet, GOL quer sair do prejuízo

Os aviões da Webjet decolaram pela última vez na meia-noite de ontem e marca deverá ser extinta até dezembro


	Webjet: 850 funcionários serão demitidos e outros 400 ficarão na Gol 
 (Divulgação)

Webjet: 850 funcionários serão demitidos e outros 400 ficarão na Gol  (Divulgação)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 11h55.

São Paulo – A GOL acaba de anunciar que irá encerrar hoje a operação da Webjet, com a devolução da frota maioritária da companhia, composta de 20 aviões da série 737. A decisão faz parte da estratégia de concentrar os esforços de racionalização dos voos da GOL com foco na redução de custos e consequente melhora nos resultados.

Os aviões da Webjet decolaram pela última vez na meia-noite de ontem. Dos 20 aviões da companhia, apenas seis estavam sendo operados pela GOL, que irá absorver todos os passageiros e vendas de passagens a partir de agora. Até o final deste ano, toda a identificação Webjet deve sumir definitivamente.

“Fizemos um levantamento minucioso sobre a possibilidade de encerrar a operação da Webjet por três semanas e a decisão foi tomada na última semana”, afirmou Paulo Kaknoff, presidente da companhia em teleconferência com a imprensa.

A decisão foi motivada pela redução de custos que a iniciativa irá trazer para a companhia. Os aviões da Webjet, segundo Kaknoff, geravam cerca de 30% de custos a mais que os operados da GOL, além da frota exigir mais manutenção por ser mais antiga. Enquanto a frota da GOL tem cerca de seis anos, a da Webjet tinha, em média, 21 anos.

Demissões

Neste momento, os funcionários da Webjet estão sendo informados da notícia. Deles, 850 estão sendo demitidos, sendo 143 tripulantes técnicos, 400 tripulantes comerciais e os demais funcionários de manutenção dos aviões da Webjet que deixarão de ser operados. Outras 450 pessoas serão imediatamente absorvidos pela GOL.

Durante este ano, a GOL já havia demitido 2.000 tripulantes de sua própria equipe. Somados aos funcionários demitidos da Webjet, a empresa reduziu o quadro de funcionários de 20.500, no final do ano passado, para 17.000 pessoas, número que deve ficar estável daqui para frente.

“As faixas de salários da GOL são mais altas que as pagas pela Webjet e as demissões são decorrência dos voos que deixarão de ser feitos”, afirmou Paulo Kaknoff, presidente da companhia em teleconferência com a imprensa. Os funcionários desligados estavam nas operações da Webjet em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador e Belo Horizonte.

Integração

Com a redução da oferta, a GOL pretende ter um aumento da taxa de ocupação. Hoje, a companhia possui 130 aeronaves em operação e opera com uma taxa de ocupação de 65% a 70%, motivo pelo qual a companhia afirma que consegue incorporar a operação atual da Webjet. 

"As pessoas que compraram passagens da Webjet irão ser transportadas pela GOL a partir de agora, com um atendimento mais ágil e por meio de aeronaves mais confortáveis e modernas", afirmou Kaknoff. 

De acordo com o executivo, não haverá modificação de tarifa já que a Webjet já praticava o modelo de cobrança semelhante ao da GOL. 

Acompanhe tudo sobre:Aviaçãocompanhias-aereasEmpresasEmpresas brasileirasGol Linhas AéreasServiçosSetor de transporteWebjet

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico