Negócios

GOL é multada em R$ 326 mil por descumprir regras em greve

No dia 22, aeronautas e aeroviários realizaram uma paralisação "de alerta" em diversos terminais do país entre as 6 e 7 horas


	GOL: empresa não informou devidamente passageiros sobre motivos dos atrasos nem previsões de partida
 (Reprodução/Instagram)

GOL: empresa não informou devidamente passageiros sobre motivos dos atrasos nem previsões de partida (Reprodução/Instagram)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 18h54.

São Paulo - O Procon-SP informou que aplicará multa de R$ 326 mil à GOL Linhas Aéreas por descumprimento de resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) durante a paralisação do dia 22 de aeroviários e aeronautas.

Segundo o órgão de defesa do consumidor, a empresa não informou devidamente os passageiros sobre os motivos dos atrasos nem deu a previsão de novos horários de partidas.

Segundo o Procon-SP, o cálculo para definir o valor da multa foi feito com base na gravidade das infrações e levou em conta o faturamento da empresa.

Uma fiscalização do órgão, feita durante o protesto convocado pelos aeroviários e aeronautas, apurou que os funcionários da GOL nos aeroportos de São Paulo - Guarulhos e Congonhas - não deram a devida assistência aos passageiros e, com isso, descumpriram a resolução nº 141/10 da Anac e do artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor.

O auto foi entregue à GOL na sexta-feira. Procurada, a empresa afirmou que "não comenta processos administrativos".

De acordo com o Procon-SP, as demais empresas aéreas que participaram da paralisação deram assistência correta aos passageiros.

Pauta trabalhista

No dia 22, aeronautas e aeroviários realizaram uma paralisação "de alerta" em diversos terminais do país entre as 6 e 7 horas, o que chegou a atrasar cerca de 20% das partidas.

A situação dos voos domésticos só se normalizou no início da tarde.

No dia seguinte, representantes dos trabalhadores e das empresas aéreas participaram de audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.

Na ocasião, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) - representante das empresas Avianca, Azul, GOL e TAM - aceitou dar um reajuste de 7% para salários até R$ 10 mil.

O acordo prevê ainda um aumento de 8,5% no vale-alimentação e vale-refeição, cujo teto salarial para ter acesso ao benefício passou de R$ 3,4 mil para R$ 4 mil.

Amanhã, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte da CUT (Fentac/CUT) e Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) colocarão o acordo em votação durante assembleias dos trabalhadores.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas brasileirasSetor de transporteServiçosAviaçãocompanhias-aereasGrevesProconIndenizaçõesGol Linhas Aéreas

Mais de Negócios

'Nosso maior desafio é o mercado ilegal de combustíveis', diz presidente da Ipiranga

38 franquias baratas a partir de R$ 4.990 para trabalhar em cidades pequenas (e no interior)

Quais são os maiores supermercados do Rio Grande do Sul? Veja ranking

Brasileiro mais rico trabalhou apenas um ano para acumular fortuna de R$ 220 bilhões