Negócios

Gol e Azul devem vender passagens para Cuba em 2 meses

Duas companhias aéreas brasileiras devem começar a vender passagens para Cuba a partir de dezembro deste ano, reforçando conexões do Brasil com a ilha


	Bandeira de Cuba: Gol e Azul devem reforçar a concorrência com a TAM no Caribe
 (AFP)

Bandeira de Cuba: Gol e Azul devem reforçar a concorrência com a TAM no Caribe (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2015 às 18h11.

São Paulo - Duas companhias aéreas brasileiras, a Gol e a Azul, devem começar a vender passagens para Cuba a partir de dezembro deste ano, reforçando conexões do Brasil com a ilha caribenha após sua reaproximação com os Estados Unidos.

A Gol tem previsão de lançar em dezembro voo para Havana saindo de Guarulhos (SP), depois de ter recebido três frequências aéreas semanais da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) em abril.

A empresa está definindo com as autoridades cubanas os horários em que realizará os voos para que possa solicitar as autorizações finais em Cuba e no Brasil. Além disso, ainda não bateu o martelo se o voo será direto ou com escala. Na região caribenha, a companhia já voa para Barbados, Punta Cana, Tobago e Aruba.

A Azul, por sua vez, anunciou nesta semana acordo interline com a norte-americana JetBlue, também fundada pelo empresário David Neeleman, pelo qual poderá vender passagens da companhia parceira.

A JetBlue adicionará um segundo voo fretado a partir do aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, com destino a Havana, expandindo o serviço antes de uma aguardada abertura de voos comerciais entre os dois países.

O novo voo de ida e volta sem escalas da JetBlue vai operar toda terça-feira, a partir de 1º de dezembro, em parceria com a Cuba Travel Services.

"A Azul poderá comercializar passagens para Cuba no momento em que a JetBlue abrir a venda, uma vez que todos os destinos deles entram no nosso sistema, inclusive os futuros", informou a companhia aérea brasileira, que pretende lançar voo para Nova York no início de 2016.

A United Airlines, que adquiriu fatia da Azul neste ano e com quem a brasileira firmou acordo de compartilhamento de voos, também manifestou interesse em manter um serviço entre os Estados Unidos e Cuba em meio à reaproximação entre os dois países.

Gol e Azul devem reforçar a concorrência com a TAM no Caribe. A companhia aérea do grupo Latam Airlines já vende passagens para Havana em voos da parceira chilena LAN.

Em agosto, enquanto a demanda de todo o setor por voos domésticos no Brasil recuou 0,64 por cento, a procura no país por voos internacionais subiu 16,3 por cento, segundo dados da associação que represente as companhias aéreas, Abear.

Os planos da companhias aéreas acontecem em meio à reaproximação dos EUA com Cuba. Nesta semana, ambos os países avançaram em direção à restauração do serviço regular de linhas aéreas, com o potencial de chegar a um acordo ainda este ano, disse uma autoridade norte-americana.

O serviço regular de viagens aéreas comerciais entre Cuba e EUA ficou suspenso por décadas como resultado da Guerra Fria, mas ambos os lados rapidamente fizeram da retomada uma prioridade depois do início da distensão, em dezembro de 2014.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaAviaçãoAzulcompanhias-aereasCubaDavid NeelemanEmpresasEmpresas brasileirasGol Linhas AéreasServiçosSetor de transporte

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões