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GOL deve seguir com redução da alavancagem, diz Kakinoff

O presidente da companhia, porém, não revelou qual a meta com a qual a aérea trabalha


	Paulo Kakinoff: o executivo minimizou a possibilidade de a volatilidade do câmbio atrapalhar os planos da empresa
 (Germano Lüders/EXAME)

Paulo Kakinoff: o executivo minimizou a possibilidade de a volatilidade do câmbio atrapalhar os planos da empresa (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 12h45.

São Paulo - A Gol deve seguir reduzindo sua alavancagem, disse nesta quarta-feira, 12, o presidente da companhia, Paulo Sérgio Kakinoff. Ele não revelou, no entanto, qual a meta com a qual a aérea trabalha.

O executivo minimizou a possibilidade de a volatilidade do câmbio atrapalhar os planos da empresa. "O que tem acontecido e deverá continuar é que na medida em que a companhia tem ampliado e aumentado seus resultado, especialmente a margem Ebitdar, naturalmente o nível de alavancagem reduz e não tem nenhum motivo para não acreditar que a companhia vai continuar nessa trajetória", disse.

Ele lembrou que a alavancagem, que encerrou setembro em 6,3 vezes a dívida bruta/Ebitdar, está "bem próximo dos níveis adequados preconizados pelas agências de risco", disse.

Ele lembrou que recentemente as agências melhoraram a perspectiva em relação à captação da Gol, justamente pela redução da alavancagem.

Kakinoff lembrou que a volatilidade tem impactado apenas contabilmente a companhia. "O efeito contábil não compromete a saúde financeira muito menos sua performance econômica", disse o executivo, que também lembrou que um movimento que provoque uma redução na cotação do dólar próximo da data de fechamento do trimestre também pode favorecer a companhia apenas contabilmente.

A variação cambial influenciou a dívida e também o resultado líquido da companhia no terceiro trimestre, mas Kakinoff destacou a geração de caixa de R$ 163 milhões.

"Essa geração positiva é um marco para a empresa quando olha o histórico dos últimos três anos. É a primeira vez que temos, nesse período, a geração de caixa para o terceiro trimestre", disse.

Demanda corporativa

Kakinoff comentou também que após a Copa, as vendas de curta antecedência, notadamente caracterizada por viagens a negócios, tiveram queda em relação aos mesmos meses do ano passado.

No entanto, ele sinalizou que esse recuo tem minimizado mês a mês e, com isso, a demanda corporativa deve chegar em um patamar parecido com o observado em 2013 perto do início da alta temporada, quando o perfil de passageiro muda, com um maior número de viajantes a lazer.

Após a alta temporada, a perspectiva também é de uma demanda corporativa similar à observada no início deste ano. "Isso seria uma recuperação em um patamar bastante bom, uma vez que o primeiro semestre deste ano foi muito bom no segmento das vendas corporativas", disse.

No acumulado do primeiro trimestre deste ano, a demanda por transporte aéreo no mercado doméstico, incluindo viagens a negócios e a lazer, avançou 8,9%, em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), e agentes do setor indicavam que a antecipação de eventos corporativos, por conta de Copa e eleições, teriam estimulado a expansão.

Do lado da oferta, Kakinoff salientou que o cenário macroeconômico seguirá exigindo "disciplina de capacidade", mas evitou dizer se isso pode exigir novos cortes na oferta.

Ele garantiu, porém, que a companhia possui flexibilidade de capacidade, tendo em vista a possibilidade de antecipar ou postergar o calendário de recebimento de novas aeronaves em uma proporção de 50% das entregas previstas, conforme acertado em contrato com a Boeing, e também a previsão de devolver mais cedo ou mais tarde que o previsto as aeronaves para os arrendadores.

Ele lembrou ainda da possibilidade de contratos de subleasing ou de venda de aeronaves próprias.

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