Negócios

GOL descarta rever demissões e extinção da Webjet

Durante a reunião, Kakinoff apresentou ao ministro as justificativas para a redução do quadro de funcionários e do encerramento da empresa adquirida


	Aviões da Gol: com a aquisição da nova empresa, a expectativa é ampliar a capacidade da empresa para 76%
 (Paulo Whitaker/EXAME.com)

Aviões da Gol: com a aquisição da nova empresa, a expectativa é ampliar a capacidade da empresa para 76% (Paulo Whitaker/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 12h12.

Brasília - A GOL Linhas Aéreas descartou a possibilidade de reverter as demissões de trabalhadores e a extinção da Webjet, empresa adquirida recentemente pelo grupo. Apesar disso, o presidente da companhia aérea, Paulo Sérgio Kakinoff, disse “não haver previsão” de novas demisões, além das já anunciadas. Ele se reuniu hoje (28) com o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wagner Bittencourt, para discutir o assunto.

Durante a reunião, Kakinoff apresentou ao ministro as justificativas para a redução do quadro de funcionários e do encerramento da empresa adquirida. “Com aviões 737-300, que consumem em média 28% a mais de combustível em relação aos 737-800 que operam pela GOL, a Webjet tinha aeronaves inviáveis do ponto de vista econômico, considerando que o atual preço do combustível representa 45% dos custos da aviação. Por isso, tomamos a decisão de não mais operar com esses equipamentos que compunham majoritariamente a frota da Webjet”, disse Kakinoff.

Segundo ele, a GOL opera atualmente com 70% de sua capacidade. Com a aquisição da nova empresa, a expectativa é ampliar a capacidade para 76%. “Isso nos permite absorver a malha da Webjet, com a nossa estrutura e frota, e mitigar parte dos custos excessivos que estão fazendo com que, em 2012, o setor tenha seu pior ano em resultado operacional e financeiro”, disse Kakinoff ao informar o prejuízo de R$ 1 bilhão no ano, registrado pela empresa.


Apesar disso, garantiu, “temos condições de, com a estrutura da GOL e sem qualquer tipo de transtorno, absorver os voos, os passageiros e também os colaboradores que eram responsáveis pelas atividades de aeroportos”, acrescentou. Segundo ele, a GOL trabalhará com uma margem de 14 pontos percentuais de capacidade ociosa a ser ocupada, para chegar a 90% da capacidade disponível.

“Não há a possibilidade de revertermos essa decisão de encerramento, uma vez que ela está ligada ao aspecto técnico de não trabalharmos com aviões com 21 anos de uso e que – comparados aos da frota da GOL que têm, em média, seis anos de utilização – consomem 30% a mais de combustível”, acrescentou. Ele explicou que esse tipo de gasto é “o principal fator da composição de custo” da empresa.

Kakinoff informou que a desoneração da folha de pagamento não foi pauta da reunião com o ministro Bittencourt. “O governo sabe do atual cenário do setor aeronáutico. São dados públicos. Essa desoneração, no caso da GOL, teria impacto positivo de aproximadamente R$ 90 milhões no ano. Simultanemamente, só os reajustes nas tarifas aeroportuárias representam aumento de R$ 140 milhões nos custos” .

O efeito das duas ações combinadas, acrescentou, adiciona um custo de R$ 50 milhões para a companhia, em relação à operação deste ano.

Acompanhe tudo sobre:Aviaçãocompanhias-aereasDemissõesDesempregoEmpresasEmpresas brasileirasgestao-de-negociosGol Linhas AéreasServiçosSetor de transporteWebjet

Mais de Negócios

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras