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Gol busca parcerias para crescer

Companhia continuará com foco na América Latina e no mercado regional brasileiro

Gol: mercado internacional está fora dos planos da empresa (RAUL JUNIOR/EXAME)

Gol: mercado internacional está fora dos planos da empresa (RAUL JUNIOR/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 15h38.

São Paulo – Neste ano, a Gol seguirá com sua estratégia de criar parcerias com outras companhias aéreas para expandir suas operações. A segunda maior companhia do mercado brasileiro continuará focada na América Latina."Sempre estamos estudando novas parcerias", disse Leonardo Pereira, diretor financeiro da empresa, em teleconferência com jornalistas sobre a divulgação dos resultados trimestrais nesta quarta-feira (23/2).

As parcerias se referem também ao mercado regional, onde a empresa tem contratos com Passaredo e Noar para atender novos pólos regionais fora do eixo Rio-São Paulo. É uma tendência na qual a líder do setor, TAM, também enxergou oportunidades de crescimento na aviação regional. No final de dezembro, a TAM comprou a Pantanal Linhas Aéreas por 13 milhões de reais.

Pereira negou qualquer tipo de negociação com a portuguesa TAP, possibilidade levantada em janeiro como uma opção para o crescimento da Gol e de salvamento da aérea portuguesa, que está com problemas financeiros. Para o mercado internacional, aliás, a Gol continuará apenas com suas parcerias de code-share (voos compartilhados), que mantém com a Delta Airlines e Qatar Airlines.

Novos canais de distribuição - Em 2010, a taxa de ocupação foi de 67,1% ante 63,6% no ano anterior. Com base no crescimento do número de passageiros, a Gol inaugura, nos próximos meses, mais quatro pontos de venda Voe Fácil em São Paulo. O primeiro deles foi inaugurado em dezembro do ano passado, no Largo 13 de Maio, na zona sul da capital paulista.

As lojas próprias não são a única estratégia da companhia para se aproximar do público. No ano passado, Constantino Júnior, presidente da Gol, afirmou que a empresa estava estudando uma rede de franquias. Pereira, contudo, não confirma a nova estratégia: “Novos modelos dependerão do sucesso dos pontos de venda que vamos inaugurar”. O objetivo dessa diversificação é atrair passageiros da classe C e ampliar a exposição da Gol entre a população.

Sobre parcerias com varejistas, Pereira não deu detalhes. O fato é que a Gol precisa correr para esse mercado, já que a TAM fechou uma parceira para vender passagens em algumas unidades da Casa Bahia, em São Paulo, e a Azul negocia com o Magazine Luiza.

Passagens sem variação de preço – O diretor financeiro da companhia diz que a orientação de resultados para 2011 já leva em conta um valor mais elevado do petróleo, provocado pelos conflitos no Oriente Médio. "Nós temos um custo baixo, uma reserva de caixa forte. Num cenário de petróleo mais alto, estamos navegando de forma confortável. Não é algo que vá afetar dramaticamente a empresa", diz Pereira.

Sobre o aumento das tarifas aeroportuárias anunciado pela Infraero, a empresa tem uma estimativa que pode afetar o resultado do lucro operacional em 50 milhões de reais. Apesar disso, os consumidores não têm com o que se preocupar. "Até agora nossa estimativa é que as tarifas se mantenham no mesmo patamar do ano passado."

Balanço - A Gol encerrou 2010 com receita operacional de 6,9 bilhões de reais, uma alta de 15,8% em relação ao ano anterior. O lucro líquido anual da empresa levou um grande tombo. A cifra caiu 176% somando 214,197 milhões de reais. A queda é explicada, em parte, pela variação cambial.

No acumulado do ano, a empresa teve uma margem de ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de 28,3%, atingindo um nível superior ao seu objetivo inicial de 25% para 2010. “Tal patamar, demonstra a capacidade da Gol em gerar caixa por meio de sua operação e ao mesmo tempo, reduzir sua alavancagem e os riscos de liquidez, equiparando-se às companhias aéreas mais sólidas no mundo em termos de posição de balanço e rentabilidade”, afirmou a empresa em nota. 

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