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Gol anuncia voos para Lima com Boeing proibido de voar

Em março, um avião Boeing 737 Max 8 que voava pela Ethiopian Airlines caiu logo após decolar, deixando 157 mortos

Os voos entre os aeroportos de Guarulhos e Lima estão programados a partir de 12 de dezembro (David Silverman/Getty Images)

Os voos entre os aeroportos de Guarulhos e Lima estão programados a partir de 12 de dezembro (David Silverman/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de maio de 2019 às 18h26.

São Paulo - A Gol anunciou novos voos entre São Paulo e Lima, no Peru, a partir de dezembro. Chama a atenção a escolha pelo modelo Boeing 737 Max 8 para a realização das viagens. Esse é o modelo que está proibido de voar desde março. Atualmente, a Boeing trabalha para corrigir problemas que podem ter gerado dois acidentes fatais com a aeronave e, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a suspensão das operações do 737 Max 8 está mantida no Brasil.

Em março, um avião Boeing 737 Max 8 que voava pela Ethiopian Airlines caiu logo após decolar, deixando 157 mortos. No fim de outubro de 2018, uma aeronave da Lion Air, do mesmo modelo, caiu na Indonésia, com 189 pessoas a bordo. Com os acidentes, companhias aéreas e autoridades de aviação suspenderam as operações com o avião em praticamente todo o mundo.

Mesmo com essa decisão também imposta pela Anac no Brasil, a Gol anunciou nesta quinta-feira a nova rota com o modelo. O pano de fundo para a decisão é a expectativa da direção da aérea de que será possível retomar os voos do modelo em breve. Em 30 de abril, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, afirmou em teleconferência que as operações do modelo devem voltar até junho. "Estamos em contato com a Boeing desde o início dos problemas e temos confiança que o Max 8 deve estar operando novamente em junho."

Os voos entre os aeroportos de Guarulhos e Lima estão programados a partir de 12 de dezembro. As vendas das passagens, porém, começam no próximo dia 15 de maio. Com a capital peruana, a malha da empresa aérea chega ao seu 15º destino fora do Brasil. Em nota, o vice-presidente de operações da Gol, Celso Ferrer, disse que o novo destino é estratégico por ser "um dos mais importantes centros turísticos da América do Sul".

Questionada sobre o uso do modelo proibido de voar no Brasil, a Gol não se posicionou sobre o tema até a publicação desta matéria.

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