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GM quer incentivos para trazer projeto de R$ 2,5 bi para SP

A montadora quer incentivos do governo do Estado e da Prefeitura de São José dos Campos, além de um acordo com trabalhadores, para aprovar a produção de novo carro


	Recentemente, a GM dispensou 600 trabalhadores, além de cerca de outros 400 que aceitaram um programa de demissão voluntária.
 (Justin Sullivan/Getty Images)

Recentemente, a GM dispensou 600 trabalhadores, além de cerca de outros 400 que aceitaram um programa de demissão voluntária. (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2013 às 11h03.

São Paulo - A General Motors quer incentivos do governo do Estado e da Prefeitura de São José dos Campos, além de um acordo com trabalhadores, para aprovar um investimento de R$ 2,5 bilhões na produção de um novo carro na unidade do Vale do Paraíba.

Segundo o diretor de relações institucionais da GM, Luiz Moan, trata-se de uma concorrência internacional que será definida pela matriz americana, e a unidade do Vale precisa ser competitiva para disputá-la.

Sem revelar nomes, Moan disse que há fábricas do grupo em outros dois países na disputa pelo projeto, que envolve um carro global com chances de ser exportado. “Só posso dizer que três continentes concorrem.”

Segundo Moan, “essa é a última possibilidade de investimento em São José e, portanto, vital para salvar o complexo inteiro”. Ele assumiu esta semana a presidência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Recentemente, a GM dispensou 600 trabalhadores, além de cerca de outros 400 que aceitaram um programa de demissão voluntária. A fábrica do Vale opera com grande ociosidade após o fim da produção, no ano passado, dos modelos Corsa, Meriva e Zafira. Hoje, a unidade de automóveis, chamada de MVA, produz apenas o Classic, mas essa linha deve ser desativada no fim do ano.

Os veículos que substituíram esses três modelos estão sendo produzidos nas fábricas de São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS). A empresa alegou falta de acordo de flexibilização nas relações trabalhistas com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, o que afastou novos investimentos na unidade.

No dia 6, Moan vai se reunir com dirigentes sindicais para debater a redução dos custos da mão de obra. Do governo estadual e da Prefeitura, a GM espera estímulos fiscais - como isenção de impostos - e infraestrutura, como melhoria no acesso à fábrica, que fica à margem da Rodovia Presidente Dutra.

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