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GM planeja realocar 600 postos do México para os EUA

A decisão ocorre num momento em que a administração Trump estuda a realização de alterações no Tratado de Livre Comércio da América do Norte

Fábrica da General Motors (Bill Pugliano/Getty Images)

Fábrica da General Motors (Bill Pugliano/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de junho de 2017 às 17h16.

Última atualização em 16 de junho de 2017 às 17h17.

Nova York - A General Motors anunciou nessa sexta-feira que abrirá um parque de fornecedores perto de sua fábrica de utilitários esportivos em Arlington (Texas). A medida fará com que cerca de 600 postos de trabalho atualmente fixados no México sejam realocados para os Estados Unidos, e gerará uma maior concentração de peças fabricadas em território norte-americano nos veículos Chevrolet Suburban e Cadillac Escalade.

A decisão ocorre num momento em que a administração Trump estuda a realização de alterações no Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês) e em que os legisladores republicanos consideram uma ajuste de impostos na fronteira - ambas as medidas podem aumentar os custos para as montadoras que importam peças do exterior

Aumentar o número de peças feitas nos EUA poderia aliviar algum risco comercial para os veículos mais rentáveis da GM, com destaque para os SUVs montados em Arlington. Analistas estimam que as margens de lucro nos SUVs podem exceder US$ 15.000, e qualquer tarifa sobre os componentes dessas unidades poderia afetar os lucros.

A GM é um dos vários fabricantes repensando o modus operandi baseado no envio de produtos intermediários através de cadeias de abastecimento distantes. Antes pensada como uma estratégia para a redução de custos, a dependência excessiva de uma rede global de peças é entendida atualmente como uma aposta arriscada por causa da volatilidade política, medidas protecionistas ou desastres naturais.

No início do ano, a GM já havia anunciado que planejava adicionar cerca de 1.500 empregos fabris nos Estados Unidos, em resposta às críticas públicas do presidente Donald Trump às importações mexicanas da empresa. A companhia disse que esses 1.500 empregos e os 600 postos de fornecimento anunciados hoje foram pensados antes da eleição de Trump.

O novo parque de fornecedores tem como meta reduzir os custos logísticos e gerar ganhos com outras vantagens advindas da proximidade entre as peças e a fábrica de montagem, afirmou o chefe de compras da GM, Steve Kiefer, numa entrevista nessa sexta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

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