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GM lançará carro elétrico e serviço de aluguel no Brasil

Montadora deve lançar os serviços em 2018 para testar o interesse do mercado brasileiro

General Motors: no Brasil, por enquanto, o serviço está restrito aos funcionários da empresa e disponível em todas as unidades da GM (Bill Pugliano/AFP/Getty Images)

General Motors: no Brasil, por enquanto, o serviço está restrito aos funcionários da empresa e disponível em todas as unidades da GM (Bill Pugliano/AFP/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 14h20.

São Paulo - Líder do mercado brasileiro há dois anos, a americana General Motors deverá trazer ao Brasil em 2018 os primeiros veículos 100% elétricos importados para testar o interesse do consumidor local pela novidade.

Além disso, a montadora iniciará a primeira operação comercial do serviço de aluguel de veículos Maven, que já funciona em várias metrópoles norte-americanas.

No Brasil, por enquanto, o serviço está restrito aos funcionários da empresa e disponível em todas as unidades da GM.

Segundo o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, a intenção da montadora é tentar entender a velocidade da adoção das novidades que a empresa está desenvolvendo globalmente.

Ao contrário de outras montadoras, a GM está otimista em relação às possibilidades do veículo elétrico no Brasil - globalmente, a intenção da multinacional americana é ter 20 modelos elétricos até 2023.

"É uma mudança que vai acontecer. E tem algumas indústrias que vão perder com a eletrificação", disse.

Em visita ao País no mês passado, o presidente global da marca Volkswagen, Herbert Diess, adotou posição diferente: embora a alemã esteja correndo para cumprir metas de vendas de carros elétricos na Europa, ele disse acreditar que, no Brasil, a tecnologia não é a melhor opção para reduzir emissões de gás carbônico. Para ele, a legislação, aqui, deveria priorizar o uso do etanol.

A discussão do elétrico versus o etanol é relevante dentro das discussões do Rota 2030, programa que vai substituir o Inovar-Auto e deve estabelecer novas regras de benefícios tributários para montadoras.

A chegada do serviço Maven - que consistirá em "bolsões" de carros que poderão ser alugados via um aplicativo - e o lançamento do elétrico no País (provavelmente, o modelo Bolt) poderão ser concomitantes, disse Zarlenga. O executivo explicou que, antes de tentar vender o veículo elétrico, a GM poderá locá-lo pelo Maven para testar o interesse do consumidor. O produto tem uma barreira de preço, já que dificilmente custaria menos de R$ 100 mil por aqui.

Investimentos

Após renovar boa parte de sua linha entre 2013 e 2016 - e de assumir a liderança do mercado -, a General Motors reduziu os lançamentos em 2017. Para 2018, há a expectativa de novidades, como um novo SUV (utilitário leve) - notícia que Zarlenga não quis confirmar.

A companhia anunciou investimentos de R$ 4,5 bilhões no Brasil até 2020, divididos entre as unidades de São Caetano do Sul (SP), Joinville (SC) e Gravataí (RS).

A recuperação do mercado brasileiro em 2017 também ajudou a trazer a operação da GM na América do Sul - na qual a participação do Brasil é superior a 50% - ao primeiro resultado positivo em quase três anos.

O lucro da companhia na região foi de US$ 59 milhões no terceiro trimestre de 2017.

A GM trabalha com expansão de até 15% para o mercado brasileiro no ano que vem - caso as expectativas mais otimistas da montadora se confirmem, o Brasil venderá 2,6 milhões de veículos em 2018.

Neste ano, o presidente da GM disse que a montadora tirou proveito do fato de ter sido mais otimista que a média do mercado - isso permitiu que a empresa preparasse a cadeia de fornecedores para a demanda, que deverá ficar em 2,25 milhões de unidades.

De janeiro a novembro de 2017, a GM manteve a liderança isolada do mercado de automóveis e comerciais leves, com 18,13% dos emplacamentos, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em seguida vêm a Fiat, com 13,45%, e a Volkswagen, com 12,52%.

Boa parte do resultado está calcada nas vendas do Ônix, que contabiliza 171,1 mil emplacamentos até novembro, contra 96,8 mil do HB20 (Hyundai) e 87 mil do Ka (Ford).

Apesar de frisar que a GM está tendo bons resultados em segmentos de maior valor agregado, Zarlenga disse que é natural que a liderança de mercado reflita os veículos de entrada. "No Brasil, esses produtos representam cerca de 50% do mercado."As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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