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GM lança marca Maven para competir com Uber e Zipcar

A General Motors deu mais um passo para se tornar um dos grandes atores dos serviços de carros e transporte compartilhados com a Maven


	Sede da GM: fabricante de automóveis vai iniciar um novo serviço em Ann Arbor, Michigan
 (Stan Honda/AFP)

Sede da GM: fabricante de automóveis vai iniciar um novo serviço em Ann Arbor, Michigan (Stan Honda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2016 às 21h03.

A General Motors Co. deu mais um passo no intuito de se tornar um dos grandes atores dos serviços de carros e transporte compartilhados com a criação de marca Maven, que visa a competir com empresas como a Zipcar.

A fabricante de automóveis vai iniciar um novo serviço em Ann Arbor, Michigan, onde oferecerá o aluguel de um Chevrolet Volt ou Spark por US$ 6 por hora, e vai expandir o compartilhamento de automóveis em algumas comunidades residenciais de Nova York e Chicago no primeiro trimestre.

A GM deu início à Maven depois de ter adquirido ativos da Sidecar, um site de compartilhamento de transporte que encerrou suas operações em dezembro, e de ter comprado uma participação na Lyft, rival da Uber Technologies, por US$ 500 milhões.

A companhia está tentando alcançar empresas como Uber e Zipcar, que descobriram um negócio de rápido crescimento no transporte sob demanda que, para algumas pessoas, poderia eliminar a necessidade de comprar carros.

A GM está tentando se proteger dessa ameaça e encontrar uma maneira de fazer negócios com os consumidores em lugares como Manhattan, onde os custos elevados e o estacionamento restrito fizeram com que a posse de um veículo seja uma raridade.

“Nosso negócio se baseia no conceito do modelo de motorista proprietário”, disse o presidente da GM, Dan Ammann, em uma entrevista coletiva na quarta-feira.

“Vemos mudanças no comportamento do consumidor e oportunidades significativas trazidas por elas. Queremos garantir que estaremos na vanguarda dessa mudança”.

Ammann disse que até 6 milhões de pessoas no mundo estão usando algum tipo de transporte compartilhado. Ele disse que acredita que esse número será cinco vezes maior até o final da década.

Os serviços de compartilhamento de carro da Maven, que oferecem aluguel por períodos tão curtos como apenas uma hora, diferem do compartilhamento de transporte oferecido por empresas como Uber ou Lyft, em que os consumidores pagam por uma corrida, como o serviço dos táxis.

Tarifa de lançamento

Os US$ 6 que a Maven cobra por hora são uma tarifa de lançamento, e o serviço não tem taxa de adesão.

Enquanto testa suas ofertas em Ann Arbor, Nova York e Chicago, a GM, com sede em Detroit, vai ter uma ideia do uso do consumidor e de quais tarifas fazem o negócio funcionar, disse Julia Steyn, vice-presidente de programas de mobilidade urbana da companhia.

A GM já tinha iniciado um programa-piloto em um edifício residencial de em Nova York e está expandindo-o para outros lugares. Os programas de compartilhamento de carro em Nova York e Chicago serão usados por mais de 5.000 moradores, disse a GM. A Maven cobra US$ 9 por hora em Nova York.

Todos os carros terão OnStar, da GM, e se conectarão a aplicativos de smartphones, como Apple CarPlay e Android Auto. Quando alguém alugar um dos carros da GM, poderá usar seu telefone para desbloquear o carro e configurar suas próprias músicas e outras preferências.

A GM construiu seu negócio de compartilhamento de carro e de viagens através das compras e colocou Steyn, ex-vice-presidente de fusões e aquisições, à frente de sua nova unidade de mobilidade.

O impulso para novos serviços é parte da tentativa da CEO da GM, Mary Barra, de apresentar a companhia centenária como uma empresa de tecnologia. Desde que ela assumiu o cargo de CEO há dois anos, a GM revelou o carro elétrico Chevy Volt e um novo Chevrolet Volt plug-in híbrido e tem investido muito na condução autônoma e em carros conectados à internet.

Barra está apostando em investimentos em tecnologia e Ammann negociou o acordo com a Lyft e está supervisionado a estratégia.

“Acreditamos que nos próximos cinco anos haverá mais mudanças em nosso setor do que nos últimos 50 anos”, disse Ammann.

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