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GM estende preço de funcionário a consumidores

A diferença em relação ao preço de tabela pode se aproximar de R$ 10 mil


	Chevrolet Cruze LTZ 1.8 16V 2012: o modelo Cruze LT, que tem preço sugerido de R$ 77.796, será oferecido até o fim do mês por R$ 67.990
 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Chevrolet Cruze LTZ 1.8 16V 2012: o modelo Cruze LT, que tem preço sugerido de R$ 77.796, será oferecido até o fim do mês por R$ 67.990 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 08h00.

São Paulo - Com pátios cheios, vendas em queda e férias coletivas, as montadoras brasileiras apelam para variadas estratégias para atrair consumidores.

Em campanha iniciada na quinta-feira, 15, a General Motors colocou seu presidente no Brasil, Santiago Chamorro, como garoto-propaganda para "dividir um benefício nunca oferecido antes" para a aquisição de um carro novo.

A marca afirma ter estendido aos consumidores em geral o mesmo desconto que oferece aos funcionários. Tradicionalmente, as montadoras oferecem aos empregados preços mais em conta de seus produtos em relação aos de mercado.

Dependendo do modelo, o bônus oferecido pela GM varia de R$ 1 mil a R$ 2,4 mil, mas, somando os descontos oferecidos por toda a rede de concessionárias, a diferença em relação ao preço de tabela pode se aproximar de R$ 10 mil.

O modelo Cruze LT, que tem preço sugerido de R$ 77.796, será oferecido até o fim do mês por R$ 67.990. A loja dá desconto de R$ 7,8 mil e a fábrica de R$ 2 mil. No caso de um Celta que custa R$ 31.990, o desconto somado é de R$ 2.890 e o modelo sai por R$ 29,1 mil.

"Vocês vão poder pagar o mesmo que nós pagamos", diz Chamorro na campanha publicitária. O empresário colombiano assumiu a presidência da GM brasileira em agosto e repete o gesto de outros executivos da companhia ao assumir o posto de garoto-propaganda da marca.

Até quarta-feira, as vendas de veículos novos caíram 5,9% em relação a igual período de abril e somam 119 mil unidades, incluindo caminhões e ônibus.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, a redução é de 10,3%. No acumulado do ano até o dia 14 foram licenciados 1,225 milhão de veículos, queda de 5,5% na comparação com o mesmo intervalo de 2013.

Só em automóveis e comerciais leves foram vendidos na primeira metade do mês 112,8 mil unidades, 6,6% menos que em abril e 10,7% menos que em maio do ano passado.

A indústria projeta para o mês vendas totais muito próximas das realizadas em abril, de cerca de 300 mil unidades.

No mês passado, foram licenciados 293,2 mil veículos, 21,8% mais que em março - o pior mês em vendas desde fevereiro de 2013, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), que tem como base os dados de licenciamentos do Renavan e que são diferentes dos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fábricas e revendas encerraram abril com estoques para 40 dias de vendas. Desde o início do ano, a maioria das empresas adota medidas de redução de produção, como férias coletivas, suspensão temporária de contratos de trabalho (lay-off) e programa de demissão voluntária (PDV).

Para tentar melhorar o cenário, a Anfavea negocia com o governo medidas para destravar o crédito. Para a Associação, os bancos estão muito restritos na liberação de financiamento, o que atrapalha as vendas.

Também negociam acordo para melhorar as relações comerciais com a Argentina, principal importadora dos carros brasileiros.

Paralelamente, Anfavea e centrais sindicais discutem com o governo a criação de um sistema nacional de proteção ao emprego, uma alternativa ao lay-off baseada no modelo alemão.

Enquanto isso, a maioria das montadoras e sua rede de revendas oferecem promoções como juro zero para o financiamento e brindes. A Ford dá ao comprador de seus modelos três opções: três a seis revisões grátis, R$ 1 mil a R$ 4 mil em vale combustível ou taxa zero para financiamentos em 18 a 36 meses, com 50% a 60% de entrada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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