Negócios

GM diz não saber porque levou uma década para fazer recall

"Não posso dizer por que levou anos para anunciarem um defeito de segurança, mas vamos investigar", disse Marry Barra, CEO da General Motors


	Marry Barra: CEO repetiu várias vezes que a "GM de hoje investigará a fundo e tomará medidas para compensar vítimas e consumidores por erros cometidos no passado"
 (Steve Fecht/General Motors/Divulgação via Reuters)

Marry Barra: CEO repetiu várias vezes que a "GM de hoje investigará a fundo e tomará medidas para compensar vítimas e consumidores por erros cometidos no passado" (Steve Fecht/General Motors/Divulgação via Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 18h07.

Washington - A CEO da General Motors (GM), Mary Barra, disse nesta terça-feira em pronunciamento na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos que desconhece a razão pela qual a companhia demorou uma década para fazer o recall de modelos defeituosos que teriam sido responsáveis por acidentes fatais.

"Não posso dizer por que levou anos para anunciarem um defeito de segurança, mas vamos investigar", disse Barra, submetida a uma forte pressão apenas dois meses depois de assumir o cargo executivo mais importante da GM.

As falhas no controle de ignição podem afetar o circuito elétrico do veículo e desativar os airbags, o que pode ter sido a causa de pelo menos 13 mortes em 32 acidentes.

Apesar de saberem da falha desde 2004, a empresa não anunciou o recall dos 2,6 milhões de automóveis afetados até 2014.

"Assim que soubemos do problema, atuamos sem dúvida alguma", afirmou Barra, que repetiu várias vezes que a "GM de hoje investigará a fundo e tomará medidas para compensar vítimas e consumidores por erros cometidos no passado".

Barra pediu desculpas aos listados no recall, "especialmente às famílias e aos amigos daqueles que perderam a vida ou ficaram feridos", alguns dos quais presentes na sala da audiência.

A executiva da GM, multinacional que declarou falência em 2009 e desde então passou por um processo de mudança de gestão, respondeu as perguntas mais comprometedoras dos congressistas afirmando que a companhia abriu uma investigação e que por isso ainda não podia dar mais detalhes sobre exames que ainda estavam sendo feitos.

A GM recebeu relatórios de erros que provocavam o desligamento do motor em buracos ou com o tempo, e engenheiros da companhia chegaram a identificar a peça defeituosa, mas não tomaram medidas até este ano.

Devido ao processo de falência de 2009, a GM está livre de responsabilidades por acidentes anteriores ao processo de moratória e reestruturação, mas Barra disse hoje considerar que a "GM tem responsabilidades legais e civis" pelo ocorrido.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasGM – General MotorsMary BarraMontadorasMulheres executivasRecall

Mais de Negócios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira