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GM conhecia desde 2001 defeito que provocou 12 mortes

A maior fabricante de carros dos Estados Unidos está no centro de diversas investigações


	Carro da Chevrolet, da General Motors: autoridades americanas querem saber porque GM demorou mais de 10 anos para ordenar revisão dos veículos danificados
 (Dimas Ardian/Bloomberg)

Carro da Chevrolet, da General Motors: autoridades americanas querem saber porque GM demorou mais de 10 anos para ordenar revisão dos veículos danificados (Dimas Ardian/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 19h55.

A General Motors (GM) detectou em 2001 um problema que levou ao recente recall de 1,6 milhão de veículos na América do Norte, três anos antes do que a empresa admitiu, segundo um documento consultado nesta quinta-feira.

Um defeito na ignição está relacionado a trinta acidentes, que deixaram 12 mortos. Autoridades americanas querem saber porque a GM demorou mais de 10 anos para ordenar a revisão dos veículos danificados.

A maior fabricante de carros dos Estados Unidos está no centro de diversas investigações: uma da agência responsável pela segurança nas estradas; uma da Câmara dos Representantes; e uma, segundo a imprensa, do Departamento de Justiça.

A GM ordenou em fevereiro o recall de 1,6 milhão de veículos nos Estados Unidos, México e Canadá, principalmente carros das marcas Chevrolet, Pontiac e Saturn fabricados entre 2003 e 2007.

A AFP teve acesso a um documento enviado pela GM ao governo que mostra que um relatório feito nos trabalhos prévios à produção do Saturn Ion em 2001 já indicava o problema.

Na época, uma mudança no desenho do projeto foi feita para solucionar o problema. Mas, dois anos mais tarde, um técnico reportou que um Saturn Ion desligou enquanto ele o dirigia.

A empresa também recebeu em 2003 várias reclamações de usuários desse modelo de que não conseguiam ligar o carro.

A GM pode receber uma multa de 35 milhões de dólares, uma cifra pequena comparada aos 155 bilhões de seu faturamento anual.

Um porta-voz da firma, consultado pela AFP sobre essa informação, afirmou por e-mail que a "GM está completamente decidida a aprender com o passado, adotando normas elevadas em termo de qualidade e rendimento" de seu produtos.

As ações da fabricante caíram 2,21% nessa quinta, chegando a U$ 34,09 o papel.

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