General Motors: depois da campanha do juro zero para toda a linha de veículos, a GM inicia um novo programa para melhorar vendas de veículos novos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2013 às 14h52.
São Paulo - O presidente da General Motors do Brasil, Santiago Chamorro, acredita que o mercado brasileiro ficará praticamente estagnado neste ano, com vendas de cerca de 3,8 milhões de veículos, mas aposta na volta do crescimento em 2014, de 3%.
No início do ano, o setor automobilístico estimava alta de 3,5% a 4,5% nos negócios. Nos últimos meses, as projeções oficiais baixaram para 1% a 2%, embora exista quem preveja estagnação ou até uma pequena queda.
Chamorro justifica a previsão de crescimento com base nas projeções de economistas para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, na casa dos 2% a 3%. A estagnação para este ano é em razão da alta dos juros, volatilidade do câmbio e pressão inflacionária. "Tudo isso faz com que o consumidor tenha menos confiança que no passado", diz.
Depois da campanha do juro zero para toda a linha de veículos, que durou dez dias e terminou na segunda-feira, 21, a GM inicia um novo programa para melhorar as vendas de veículos novos. A marca tem cerca de 17% de participação nas vendas totais de automóveis e comerciais leves e quer manter a fatia.
A empresa passa a oferecer o que batizou de "Plano tranquilidade", que permite o financiamento de 24 ou 36 meses, com juros de cerca de 1% ao mês e entrada a partir de 30% do valor do carro. O resíduo pode ser quitado no fim do contrato ou o cliente pode entregar o carro novo como parte do pagamento e refinancia um outro modelo.
Com a campanha de juro zero, a GM conseguiu reduzir de 45 para 40 dias os estoques das revendas, que estavam em cerca de 65 mil veículos. "Gostamos de ter estoques de 30 a 35 dias, mas 40, 43, 45 dias é alto", admite Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul.
A GM estuda um investimento de R$ 2,5 bilhões para desenvolver e produzir um novo veículo no Brasil, mas ainda não definiu o produto. "Está mais difícil ler corretamente quais são as novas tendências do mercado", afirma Ardila.