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GM amplia recall antes de audiência no Congresso

Montadora convocou 1,5 milhão de carros ao redor do mundo para consertar problemas no sistema de direção nesta segunda


	Sedãs Cruze e Malibu estacionados em uma concessionária da Chevrolet: novas convocações elevam o total de veículos com defeitos para 6,3 milhões
 (Daniel Acker/Bloomberg)

Sedãs Cruze e Malibu estacionados em uma concessionária da Chevrolet: novas convocações elevam o total de veículos com defeitos para 6,3 milhões (Daniel Acker/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 22h36.

Washington - A General Motors ampliou o recall de veículos um dia antes de a presidente da empresa, Mary Barra, se apresentar ao Congresso para uma audiência sobre a demora de quase uma década da companhia para iniciar a convocação de veículos com defeitos, associados a pelo menos 13 mortes, para reparos.

Nesta segunda-feira a GM convocou 1,5 milhão de carros ao redor do mundo para consertar problemas no sistema de direção, levando o total de veículos com defeitos para 6,3 milhões. A empresa também mais que dobrou o impacto estimado do recall no resultado do primeiro trimestre, para US$ 750 milhões.

Desse total, 2,6 milhões de veículos são relacionados a defeitos de ignição, que serão o principal assunto das audiências no Congresso dos EUA de terça e quarta-feira e que estão relacionados às mortes.

A audiência de amanhã, em um subcomitê da Câmara dos Representantes, contará com a presença de Barra e de David Friedman, presidente interino da Administração Nacional de Segurança de Tráfego em Rodovias (NHTSA, na sigla em inglês).

O Congresso investiga o atraso no recall. A GM começou a convocar veículos com problemas em fevereiro, quando engenheiros descobriram problemas na ignição do Chevrolet Cobalt modelo 2005. O defeito desliga o carro repentinamente, cortando a energia para air bags e freios.

Investigadores afirmaram que os executivos da GM decidiram em 2004 não atrasar o lançamento do Cobalt, que era uma importante parte da estratégia da empresa para acelerar as vendas na América do Norte. A estratégia falhou e em 2009 a companhia entrou para o processo de proteção à falência e foi tomada pelo governo norte-americano, que permaneceu com uma parcela da empresa até dezembro do ano passado.

Segundo testemunho preparado por Barra, a presidente da GM não deve oferecer explicações sobre a demora da empresa para agir. "Sentada aqui hoje, eu não posso dizer a vocês o motivo para levar anos para um defeito de segurança ser anunciado naquele programa, mas eu posso dizer a vocês que nós iremos descobrir", mostrou texto preparado para o discurso de Barra amanhã.

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