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Gigante dos patinetes, Lime caminha para prejuízo de US$ 300 mi em 2019

Lime chegou ao Brasil em 2019 e compete com a Grow no serviço de patinetes elétricos

Lime: para se manter de pé, a empresa projeta receita de US$ 1 bilhão em 2020 (Mike Blake/Reuters)

Lime: para se manter de pé, a empresa projeta receita de US$ 1 bilhão em 2020 (Mike Blake/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de outubro de 2019 às 16h04.

Parece que não são só usuários mais descuidados que estão tomando tombos com patinetes elétricos. A Lime, gigante dos patinetes, caminha para uma baita queda em 2019. Segundo o site The Information, a empresa deverá ter um prejuízo de US$ 300 milhões no ano - mesmo registrando receita de US$ 420 milhões.

As perdas se devem principalmente a depreciação dos patinetes, que têm vida útil de cinco meses em média. Além disso, os custos para manter os galpões usados para abrigar e reparar os equipamentos também entram na conta do prejuízo.

Para se manter de pé, a empresa, porém, projeta receita de US$ 1 bilhão em 2020. Ela também planeja atingir o equilíbrio aumentando a resistência da próxima geração dos patinetes, o que cortaria pela metade as perdas operacionais.

Joe Kraus, presidente da Lime, disse ao The Information que espera atingir resistência de mais de um ano com a terceira geração das patinetes. "Esse negócio se apresenta materialmente diferente em 2020. Um veículo mais resistente tem efeito de harmonia nos custos do negócio", disse ele à publicação.

Outras medidas para aumentar a receita seriam posicionar os patinetes em área de tráfego intenso e encontrar formas mais velozes de substituir as baterias.

Em julho, a Lime chegou ao Brasil, iniciando operações em São Paulo e Rio de Janeiro, aumentando a competição com a Grow, controladora da Yellow e da Grin.

A saúde financeiras da companhia vem preocupando investidores que se preparam para um novo aporte de US$ 500 milhões na companhia. A desconfiança faz sentido: depois de performances sofríveis de Lyft e Uber na Bolsa, e do fracasso da abertura de capital do WeWork, os donos do dinheiro estão mais cautelosos em relação à startups da economia compartilhada.

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