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Gigante BRF dá início a mudanças em sua gestão

Mudanças começaram três semanas depois de a empresa anunciar seu primeiro prejuízo anual da história

BRF: Abilio Diniz formou um comitê para reestruturar a gestão da empresa (BRF/Divulgação)

BRF: Abilio Diniz formou um comitê para reestruturar a gestão da empresa (BRF/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de março de 2017 às 09h51.

Última atualização em 13 de março de 2017 às 14h47.

Três semanas após anunciar o primeiro prejuízo anual de sua história, a BRF, união da Sadia e Perdigão, começou a reestruturar sua gestão. Os vice-presidentes de marketing da companhia, Rodrigo Vieira; e de finanças, José Alexandre Carneiro Borges, deixaram a companhia.

Há cerca de um mês, Marcos Jank, que ocupava o cargo de diretor de assuntos corporativos e desenvolvimento de negócios da BRF na Ásia desde 2015, também deixou de ser executivo da gigante de alimentos. Agora, atua como consultor independente.

As mudanças na gestão devem continuar, segundo fontes. No dia 24 de fevereiro, Abilio Diniz, presidente do conselho de administração do grupo, afirmou ao mercado que constituiu um comitê para reformular a companhia.

Passaram a integrar esse comitê Walter Fontana Filho (ex-presidente do conselho da Sadia), Eduardo D'Ávila (ex-Sadia) e José Carlos Magalhães, fundador do fundo Tarpon.

Diniz disse, à época, que esse comitê iria se reunir semanalmente para fazer a reestruturação do grupo em 90 dias.

Nota revista

Na quarta-feira, 9, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) afirmou o rating 'BBB' da BRF e revisou a perspectiva de estável para negativa.

Segundo a agência, a perspectiva negativa reflete a probabilidade de 33% de um rebaixamento nos próximos 12 a 18 meses, caso as margens operacionais e os níveis de alavancagem da companhia não se recuperem.

Em 2016, a companhia registrou um prejuízo de R$ 372 milhões, ante um lucro de R$ 2,9 bilhões no ano anterior.

A companhia poderia ser prejudicada pela volatilidade do câmbio e dos preços de grãos, que reduziria o lucro com exportações e elevaria os custos, disse a S&P.

O cenário também leva em consideração a concorrência ainda acirrada no Brasil, em meio à fraca demanda que impede a recuperação do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia, principalmente em produtos processados, que têm margens mais altas. A companhia confirmou a saída dos dois executivos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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