Maquininha: empresas conseguirão o chamado "crédito fumaça" (Moka gestora/Divulgação/Divulgação)
Karla Mamona
Publicado em 26 de novembro de 2019 às 11h51.
Última atualização em 26 de novembro de 2019 às 13h42.
São Paulo - A Moka Gestora lança uma maquininha de cartões de débito e crédito focada em empresas em dificuldade financeira. Denominada de “Mokininha”, a maquininha estará disponível no início do próximo ano e aceitará todas as bandeiras. Neste primeiro momento, a máquina de cartões será destinada a empresas com faturamento mínimo de 500 mil reais por mês.
A maquininha funcionará como as demais concorrentes existentes no mercado. Só que além das operações de antecipação de recebíveis, que o adiantamento dos valores antes do prazo previsto, a empresa conseguirá por meio da gestora o chamado “crédito fumaça” que é concessão de empréstimo com base na expectativa de venda futura. A gestora atenderá como agente financeiro por meio do Moka Fund, que é um Fundo de Investimento em Direito Creditório (FDIC).
“Hoje, com a concentração bancária, ninguém faz essa operação para este público”, explica Rodrigo Mussolino, sócio-fundador da Gestora de Recursos Moka. A expectativa da gestora é movimentar entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões em volume de crédito no primeiro semestre do próximo ano.
É difícil mensurar a quantidade de empresas em dificuldade financeira no país, mas dados do indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais, apontam que somente os pedidos de recuperação judicial em outubro deste ano registraram crescimento de 16%, frente ao mesmo período do ano passado. Foram 124 solicitações, ante 107 realizadas em 2018. No comparativo com setembro deste ano, o aumento foi de 32%.
As empresas que utilizarem a maquininha da gestora terão acesso gratuitamente a ferramenta de gestão de estoque chamada James Tip. Por meio da inteligência artificial, é possível saber, por exemplo, quais produtos estão em excesso, quais têm maior saída de venda e quais não estão disponíveis. "Com estas informações e a utilização de crédito, a empresa terá uma melhora na performance", finaliza Mussolino.