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Gerente da comunidade

Responsabilidade social e cidadania corporativa são expressões em alta no dia-a-dia das empresas modernas. Na prática, traduzem-se em compromisso com as comunidades nas quais atuam e na valorização do relacionamento com clientes, funcionários e fornecedores. Na Ford do Brasil, significam trabalho para Hélio Perini, 45 anos, recém-nomeado gerente de responsabilidade social - o primeiro a […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h26.

Responsabilidade social e cidadania corporativa são expressões em alta no dia-a-dia das empresas modernas. Na prática, traduzem-se em compromisso com as comunidades nas quais atuam e na valorização do relacionamento com clientes, funcionários e fornecedores. Na Ford do Brasil, significam trabalho para Hélio Perini, 45 anos, recém-nomeado gerente de responsabilidade social - o primeiro a assumir o cargo na empresa em todo o mundo.

Por que o departamento foi criado?
Até dezembro de 2000, as questões sociais estavam nas mãos do departamento de relações públicas. Resolvemos criar a nova gerência para facilitar o alinhamento das estratégias da companhia às ações para a comunidade. Nosso objetivo é tornar a Ford uma empresa-cidadã e um bom lugar para trabalhar. Estamos criando uma cultura de solidariedade. Isso gera orgulho nos trabalhadores e reflete na produtividade.

Como é sua rotina de trabalho?
Divido igualmente meu tempo entre o atendimentoà comunidade externa e à interna. Dentro da empresa, procuro incutir nos funcionários o desejo de ser agentes de mudança em seus bairros, além de conscientizá-los sobre a importância do trabalho voluntário. É uma tarefa feita com a ajuda do RH. Na comunidade externa, criamos parcerias com ONGs, entidades do governo e universidades. Apoiamos ações em Tatuí, São Bernardo do Campo e Taubaté, em São Paulo, e Camaçari, na Bahia, localidades onde a montadora está instalada.

De quanto é o orçamento para o social?
É de 1 milhão de dólares por ano, destinado a projetos na área de educação e meio ambiente. Uma parte da verba é reservada também para eventuais ações de emergência nas comunidades, como inundações ou períodos de seca prolongados.

Investimento social é uma tendência irreversível nas grandes empresas?
Sim, acredito que as companhias serão cada vez mais cobradas por sua imagem, pelo envolvimento com a comunidade e pelas boas relações com os funcionários. Hoje, o preço das mercadorias, a tecnologia oferecida e os serviços pós-venda das empresas concorrentes são muito parecidos. A responsabilidade social dá a medida da diferença.

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